Desde fevereiro de 2020 que vários cavalos têm sido encontrados mortos e mutilados em França. Os animais são sempre encontrados com a orelha direita decepada, alguns deles sem olhos e com cortes profundos nos órgãos genitais.

O caso está a intrigar as autoridades francesas depois de estas terem recebido denúncias de mortes e mutilações de cavalos em Somme, Oise, Aisne, Vendée, Moselle, Loire, Lot, Seine-Maritime, Pouy-de-Dômee e Yvelines. No entanto, os responsáveis pelas investigações admitem que pode haver muitos mais casos que nunca chegaram a ser denunciados pelos donos dos animais.

A teoria principal é que estes casos possam estar associados a um qualquer ritual de iniciação de um grupo criminoso, uma vez que as orelhas direitas dos cavalos nunca estão no local do crime. O último caso diz respeito a uma potra de 18 meses que foi encontrada com os olhos arrancados e vários cortes profundos nos órgãos genitais.

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“Os cortes são precisos e parecem ter sido feitos com um instrumento cortante, mas não sabemos qual, uma vez que tudo permanece num grande mistério”, revelou Eric Maillaud, procurador do Ministério Público de Clermont-Ferrand, aos jornalistas, citado pelo "Correio da Manhã".

No entanto, Bruno Wallart, comandante da polícia de Riom, admite que se possa tratar de um serial ou de um simples ritual de iniciação. Mas as teorias são várias. “Será um desafio lançado na internet? Uma aposta? Os impulsos de um indivíduo? Todas as hipóteses estão em cima da mesa”, admitiu à AFP.

Segundo a France 3, já terão sido acionados todos os mecanismos para que as investigações avancem e seja possível traçar uma ligação entre todos as mortes. Mas, pelo menos segundo a proprietária da quinta de 120 hectares onde a potra de 18 meses foi encontrada, “será muito difícil” encontrar o culpado uma vez que não há câmaras de videovigilância.

Nos registos do Serviço Central de Inteligência Territorial, os casos são descritos da seguinte forma: “Superstição, fetichismo, ritual satânico, sectário ou outro”, escreve o jornal "Le Parisien".