A pandemia pode ter surgido de um acidente laboratorial. A teoria de que o coronavírus que já matou mais de dois milhões de pessoas nasceu de uma fuga acidental num laboratório de virologia em Wuhan, China, está a ganhar força na comunidade científica, sendo também suportada pelo biólogo norte-americano Bret Weinstein.
Uma das razões apontadas pelos defensores desta teoria é o próprio comportamento do vírus: Bret Weinstein, que é especializado em morcegos e biologia evolutiva, afirma que existem várias características no comportamento do SARS-CoV-2 que sugerem que a sua capacidade de infetar mais de 100 milhões pessoas a nível mundial num período de tempo inferior a um ano pode não ter tido origem num processo natural de transmissão entre espécies, salienta a Agência Lusa, tal como escreve o "Observador".
"O vírus comportou-se de uma forma inesperada desde o princípio", afirma o também professor convidado da Universidade de Princeton em entrevista à agência noticiosa, citada pelo "Observador". O biólogo norte-americano acrescenta ainda que este vírus é altamente transmissível entre indivíduos e foi capaz de descobrir modos de infetar vários tecidos diferentes nos seres humanos, "mesmo aqueles que não contribuem para a sua capacidade de se transmitir entre portadores".
Bret Weinstein acredita que "se a pandemia foi desencadeada por uma fuga laboratorial, parece evidente que se tratou de um erro honesto, um erro grave, mas que resultou de pessoas honradas a tentarem fazer um trabalho que acreditavam ser necessário". No entanto, o especialista hesita em falar de "erro honesto" quando os laboratórios chineses não permitiram investigações externas, e quando os peritos da Organização Mundial da Saúde se limitam a aceitar que os responsáveis do mesmo laboratório lhes digam que nada tiveram que ver com o início da pandemia.