Segundo dados atualizados em tempo real da Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos, há — até à data da publicação deste artigo — 145.377 casos confirmados de infeção por COVID-19 no mundo. As medidas de prevenção e contenção atualmente em vigor um pouco por todos os países afetados passam, essencialmente, por um isolamento voluntário, estados de alerta, quarentena e distanciamento social.

Para esses 145.377 casos confirmados, há 71.717 oficialmente recuperados. Mas segundo novas informações avançadas pelo "Business Insider", que cita a Autoridade Hospitalar de Hong Kong, na China, há possibilidade de alguns dos doentes virem a ficar com sequelas nos pulmões uma vez curados do vírus.

A informação foi confirmada na China depois de os primeiros doentes a terem alta clínica terem sido avaliados uma outra vez depois de serem considerados oficialmente curados. Das 12 pessoas que faziam parte da primeira leva de recuperados, duas a três pessoas viram a sua capacidade pulmonar reduzida.

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"Esses casos que confirmámos disseram perder o ar mais facilmente ao andarem um pouco mais rápido e alguns dos pacientes podem vir a reportar uma quebra de cerca de 20 a 30% da função pulmonar", revelou Owen Tsang Tak-yin, diretor do Centro de Doenças Infecciosas da Autoridade Hospitalar de Hong Kong num comunicado à imprensa na quinta-feira, 12 de março.

O diretor adiantou ainda que, nestes casos, os pacientes podem fazer exercícios cardiovasculares — como a natação ou a corrida — para que, ao longo do tempo, possam vir a melhorar a sua capacidade pulmonar.

Embora o especialista garanta que ainda é muito cedo para estabelecer os efeitos, a longo prazo, da doença, explicou ainda que os exames aos pulmões de alguns dos pacientes revelaram que, durante o período em que o vírus esteve hospedado nos pacientes, houve danos nos órgãos decorrente da acumulação de líquido nos pulmões.

Apesar disso, a Organização Mundial de Saúde reforça que "de todos os que estão infetados, a maioria vai recuperar".