O rei Maha Vajiralongkorn, conhecido como Rama X, subiu ao trono a 13 de outubro de 2016 e, desde então, tem sido uma das figuras mais polémicas da monarquia mundial. Nove anos depois de ter sido coroado, está agora entre os monarcas mais ricos do mundo, após consolidar não só o seu poder político, mas também um património pessoal de dimensões quase incalculáveis.
Estima-se que a fortuna do soberano ultrapasse os 30 a 43 mil milhões de dólares (28 a 37 milhões de euros). Este valor deve-se, em grande parte, ao controlo total que Maha Vajiralongkorn assumiu sobre o Crown Property Bureau (CPB), entidade responsável pela administração dos bens da Coroa tailandesa, segundo refere o “Correio da Manhã”.
Uma reforma legal assinada pelo próprio Rama X, em 2017, transformou aquilo que antes era património do Estado em propriedade pessoal, movendo a posse integral desses ativos para as mãos do monarca.
O CPB gere 40 mil contratos de arrendamento, muitos deles em zonas de grande valor imobiliário em Banguecoque, que, por ano, rendem ao rei uma autêntica fortuna, e cerca de 6500 hectares de terrenos arrendáveis. Além disso, Rama X detém 23% de um dos maiores bancos do país, o Siam Commercial Bank, e 33% do maior conglomerado industrial da Tailândia, o Siam Cement Group.
A riqueza do monarca também se reflete na sua vida privada, com 38 jatos e helicópteros, mais de 300 carros de luxo e cerca de 50 embarcações. As aparições públicas do soberano, cuidadosamente encenadas, exibem frequentemente o luxo e esplendor de Rama X, que contrastam com a realidade marcada por desigualdades sociais do país.
Maha Vajiralongkorn vive entre viagens privadas, palácios e hotéis de luxo alugados apenas para si e para a sua comitiva, enquanto milhões de tailandeses sobrevivem com rendimentos modestos. O património do monarca é mantido praticamente em sigilo, um tópico que, aliás, é inviolável devido à lei de mesa-majestade, que proíbe qualquer crítica direta a Rama X.