O facto de os 17 ministros do novo Governo terem entregado à Entidade para a Transparência as suas declarações de rendimentos dá abertura para que seja possível saber qual é, afinal, o seu património - e, ao que parece, neste assunto as mulheres estão no poder. Numa análise feita pelo jornal "Correio da Manhã", os três ministros mais ricos são, de facto, mulheres, com Luís Montenegro a ficar no sétimo lugar da lista e com o valor retido em obras de arte a ser mais elevado do que o património de um dos ministros do Governo.

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Maria do Rosário Palma Ramalho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Rita Alarcão Júdice, ministra da Justiça, e Maria Graça Carvalho, ministra do Ambiente e Energia, são as que contam com mais património, com mais de 5,36 milhões de euros, 4,4 milhões de euros e 1,81 milhões de euros, respetivamente. 

Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros, vem logo a seguir, com mais de 1,5 milhões de euros, e o primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, tem o sétimo património mais elevado, com mais de 1,32 milhões de euros. Gonçalo Matias, ministro da Reforma do Estado, Maria Lúcia Amaral, ministra da Administração Interna, e Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas e Habitação, têm o património mais baixo, com 160 mil euros, 86 mil euros e 28 mil euros, respetivamente.

No total, o património dos 17 ministros chega assim aos 20,9 milhões de euros. Estes, segundo o "CM", são repartidos em imóveis (9,43 milhões de euros), aplicações financeiras (8,34 milhões de euros), direitos de crédito (3,12 milhões de euros) e obras de arte (38 mil euros). Desta forma, percebe-se que Miguel Pinto Luz, com 28 mil euros de património, fica com um valor mais baixo do que aquele gasto em obras de arte por outros ministros.