A lei histórica de 1973, denominada Roe vs. Wade, foi anulada esta sexta-feira, 24 de junho, pelo Supremo Tribunal dos Estados Unidos. A decisão põe fim à legalização da interrupção voluntária da gravidez e representa um retrocesso histórico sobre um tema que tem divido a política norte-americana, principalmente desde que em maio começou a circular um documento no Supremo Tribunal dos Estados Unidos para anular a lei aprovada há cinco décadas.
"A Constituição não confere o direito ao aborto; Roe e Casey são anulados; e a autoridade para regular o aborto é devolvida ao povo e aos seus representantes eleitos", disse o Supremo Tribunal dos Estados Unidos, citado pelo "HuffPost".
Após meses de deliberação, os conservadores ganharam e termina assim a lei com quase 50 anos que concedia às mulheres o direito a abortar até cerca das 23 semanas de getação. Ainda assim, o aborto poderá ser permitido em alguns estados que prometeram proteger as mulheres.
Contudo, o impacto da decisão do Supremo Tribunal poderá ser grande, ao fazer com que "algumas pessoas continuem com gravidezes indesejadas e inseguras", refere o site norte-americano.