O grupo Inditex, que é dono de várias cadeias de lojas Zara, Bershka, Pull&Bear e Massimo Dutti em todo o mundo, registou um prejuízo inédito entre fevereiro e abril deste ano devido ao surto de COVID-19. As perdas rondam os cerca de 409 milhões de euros e vão obrigar o grupo a mudanças drásticas já nos próximos dois anos.

Os resultados fiscais foram apresentados esta quarta-feira, 10 de junho. E ainda que a empresa tenha registado uma quebra de vendas de 5.9 para 3.3 mil milhões de euros, muito devido ao surto, a administração garante que, apesar disso, conseguiu "um estrito controlo dos gastos operacionais", cita o jornal "Expresso".

Mas se é verdade que as vendas online dispararam, tendo sofrido um crescimento total de 50% face ao ano passado, é um facto que o encerramento temporário de várias lojas em tempos de pandemia teve um impacto negativo na faturação do grupo.

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Esta conjuntura vai obrigar a novas mudanças e o grupo deu a conhecer aos seus investidores de que forma é que passará a funcionar neste regresso à normalidade.

Além de uma atualização da sua estratégia de comunicação, reforçando as suas plataformas digitais e mecanizando as vendas online, o grupo Inditex vai também encerrar, definitivamente, 1.200 lojas físicas de menor dimensão. A ideia é que, até meados de 2022, as vendas online representem mais de 25% do valor de receita do grupo, segundo o mesmo jornal.

No entanto, espera-se também que a cada ano haja novas aberturas de lojas do grupo. Falamos de lojas de grande dimensão, com uma grande área de vendas, e que deverão totalizar as 150 por ano em todo o mundo.