Elon Musk é o novo dono do Twitter desde quinta-feira, 27 de outubro. Desde a chegada do também dono da Tesla ao comando, as mudanças têm-se feito sentir na rede social. A primeira medida oficial do empresário foi demitir três executivos e assumir o cargo de presidente-executivo.

Uma semana depois, os despedimentos continuam, com milhares de pessoas a serem notificadas por e-mail. Segundo um documento enviado aos funcionários da rede social, a que a France-Presse (AFT) teve acesso, “cerca de 50% dos funcionários serão afetados”.

Elon Musk já começou com as mudanças. Funcionários do Twitter têm de ser rápidos ou são despedidos
Elon Musk já começou com as mudanças. Funcionários do Twitter têm de ser rápidos ou são despedidos
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A empresa, que no final de outubro tinha cerca de 7.500 funcionários, explica que o objetivo do despedimento em massa é “melhorar a saúde da empresa”, adiantando ainda que os escritórios serão temporariamente encerrados para “garantir a segurança de cada funcionário, bem como dos sistemas e dados do Twitter”.

Por não terem recebido o aviso prévio de 60 dias, exigido por lei, cinco funcionários recentemente despedidos do Twitter juntaram-se numa ação coletiva contra a empresa. Um deles é o francês Emmanuel Cornet que, segundo o "Diário de Notícias", foi demitido por má conduta profissional sem explicação, apesar de ser considerado um dos melhores engenheiros da empresa.

"Estamos a testemunhar a destruição em tempo real de um dos sistemas de comunicação mais poderosos do mundo. Elon Musk é um multimilionário imprevisível e inconsistente, representa um perigo para esta plataforma, e  não está qualificado para liderar", respondeu Nicole Gill, cofundadora da Accountable Tech, uma das organizações não governamentais que convocou os anunciantes para pressionar o novo chefe.

No Twitter, os ex-funcionários têm-se feito ouvir através de publicações que demonstram o descontentamento geral acerca dos despedimentos. A ex-diretora de Reclamações para os EUA e Canadá escreveu na sua conta pessoal: “Acordei e descobri que não vou trabalhar mais no Twitter. Estou de coração partido. Não posso acreditar”.

Também o diretor-geral do Twitter em França, Damien Viel, partilhou o seu descontentamento: "Os meus pensamentos, o meu respeito, a minha energia e o meu amor estão com os tweeps [nome dado aos funcionários do Twitter] em todo o mundo hoje. Juntos construímos a plataforma mais incrível do planeta", pode ler-se.