A família de Ana Clara Benevides, a fã de 23 anos que morreu durante o primeiro concerto de Taylor Swift no Rio de Janeiro, Brasil, no dia 17 de novembro, esteve presente no terceiro e último concerto da “The Eras Tour”, este domingo, 26. O pai da jovem brasileira e os restantes familiares apareceram com uma camisola branca com uma fotografia de Ana Clara estampada para homenagear a jovem, que acabou por morrer depois de ter sofrido uma segunda paragem cardíaca a caminho do hospital.
Num comunicado citado pelo site “G1”, a família de Ana Clara informou que foi contratado um advogado para começar a tratar de todos os processos, e que a equipa de Taylor Swift contactou os pais da jovem para ajudar no que fosse necessário. "As reuniões ocorreram durante a semana. Houve o convite para assistir ao show de domingo em São Paulo e a equipe de Taylor sinalizou a intenção da cantora em ajudar a família. Por toda a atenção, agradecem o respeito, carinho e solidariedade manifestada”, leu-se no comunicado.
Presentes no concerto no domingo estiveram o pai de Ana Clara, José Weiny Machado, duas primas, um amigo de Ana Clara e Daniele, a amiga que esteve com a jovem de 23 anos no concerto no Rio de Janeiro, e que acabou por presenciar a sua morte. Os familiares foram também convidados a entrar no camarim de Taylor Swift, e tiraram uma fotografia com a cantora e com as camisolas vestidas.
Divorciada do pai de Ana Clara, Adriana Benevides não esteve presente no concerto. No entanto, não foi esquecida por Taylor Swift, que assinou uma fotografia da jovem de 23 anos para ser entregue à mãe, onde escreveu "Eu te amo, Adriana".
Ana Clara Benevides estudava Psicologia na Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), localizada em Mato Grosso, Brasil. A jovem esteve presente no concerto no Rio de Janeiro mas, na segunda música, segundo o que Daniele contou ao site “G1”, desmaiou, e esteve 40 minutos a ser assistida pelos médicos do local depois de sofrer uma paragem cardíaca. Na ambulância, acabou por sofrer uma segunda paragem e não resistiu.
O dia 17 de novembro foi um dos dias mais quentes no Rio de Janeiro, com temperaturas a chegar aos 40ºC e a sensação térmica a bater nos 60ºC. Proibidos de levar garrafas de água para dentro do recinto, Daniele contou que alguns fãs se sentiram mal ainda antes do concerto começar. “Não chegavam a desmaiar, mas eles carregaram. Outras saíram meio cambaleando", disse. Os bombeiros contabilizaram mil desmaios durante o espetáculo, para além de várias pessoas terem vomitado e ficado desidratadas.
Depois da morte de Ana Clara, a organizadora dos concertos no Brasil, Time For Fun, decidiu autorizar a entrada de copos de água selados e garrafas reutilizáveis. Nos três dias de espetáculos em São Paulo foram também distribuídos copos de água em todas as filas.
No sábado, 25, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, também anunciou que iria começar a ser permitida a entrada de garrafas de água nos concertos no geral, assim como a obrigação dos produtores de distribuírem água pelos fãs. “A partir de hoje, por determinação da Secretaria do Consumidor do Ministério da Justiça, será permitida a entrada de garrafas de água de uso pessoal, em material adequado, em espetáculos. E as empresas produtoras de espetáculos com alta exposição ao calor deverão disponibilizar água potável gratuita em ‘ilhas de hidratação’ de fácil acesso”, escreveu o ministro, segundo o site “G1”.