O primeiro episódio do documentário sobre saúde mental, realizado por Oprah Winfrey e pelo príncipe Harry, é marcado por mais revelações polémicas sobre a família real britânica. Em "The Me You Can't See", Harry acusa estes últimos de negligência e conta como num só dia chegava a beber quantidades de álcool equivalentes a uma semana, para tentar lidar com o trauma da morte da mãe, a princesa Diana.
"Eu estava disposto a beber, a consumir drogas, estava disposto a experimentar coisas que me levassem a sentir menos o que estava a sentir", confessa, descrevendo a altura entre os 28 e os 32 anos de idade como "um inferno", devido aos "ataques de pânico" e "ansiedade severa" de que sofria. "Eu estava mentalmente descompensado", afirma.
Recorde-se que o duque de Sussex tinha apenas 12 anos quando Diana morreu vítima de um acidente de viação. "A coisa que mais me lembro era o som dos cascos dos cavalos ao longo do Mall", desabafa acerca o funeral da mãe. "Era como se estivesse fora do meu corpo e apenas a caminhar e a fazer aquilo que esperavam de mim, mostrando um décimo de emoção que toda a gente estava a mostrar", relembra.
No documentário, Harry chega mesmo a acusar o pai de não lhe ter dado o conforto necessário e comenta a forma como se sentiu "completamente desamparado" pela família quando tornou a relação com Meghan Markle pública — razão pela qual abandonou o Reino Unido. "Achei que fossem ajudar-me, mas a cada pedido, aviso, fosse o que fosse, era recebido com silêncio ou abandono total", conclui.
"The Me You Can't See" estreia esta sexta-feira, 21 de maio, e conta ainda com os testemunhos de Lady Gaga, Glenn Close, Rashad Arsmtead, Ginny Fuchs, Hussain Manawer e DeMar DeRozan.