Aconteceu em meados de 2017, mas só agora veio a público. Quando questionado por um jornalista sobre o rumor de que terá apalpado a atriz Jennifer Aniston, Harvey Weinstein, convencido de que a acusação tinha sido feita pela atriz de "Friends", não hesitou na resposta: "A Jennifer Aniston devia ser morta".
O contacto entre o jornalista e o ex-produtor de Hollywood foi feito por uma troca de e-mails que, após o julgamento e condenação do ex-produtor de Hollywood, foi agora revelada em documentos inéditos obtidos pelo jornal "The New York Times". A alegação de que Weinstein teria apalpado Aniston não só não era verdade, como chegou mesmo a ser desmentida por uma representante oficial da atriz.
Segundo a revista "Variety", que contactou a agência da atriz, o rumor começou a circular através do jornal "The National Enquirer" em outubro de 2017 — mas foi sempre negado.
"As alegações levantas pelo 'The National Enquirer', o órgão de comunicação social que pretendia escrever sobre o tema em outubro de 2017, são completamente falsas. A Jennifer nunca foi assediada ou atacada por Harvey Weinstein", terá revelado Stephan Huvane, via e-mail, sobre o caso.
Mas o e-mail sobre Jennifer Aniston é só um a constar nas mais de mil páginas que fizeram parte dos documentos criminais sobre Harvey Weinstein durante o processo de julgamento. Segundo a mesma publicação, os documentos mostram que, quando as acusações ao ex-produtor começaram a amontoar, este procurou a ajuda dos milionários Jeff Bezos e Mike Bloomberg na tentativa de se manter em funções.
"A minha direção está a pensar despedir-me. Tudo o que peço é que me deixem tirar baixa para poder começar a frequentar a terapia e a ter aconselhamento. Deixem-me poder ressuscitar com esta segunda oportunidade", terá escrito por e-mail a Mike Bloomberg — que não respondeu.
No entanto, de pouco serviu. Harvey Weinstein foi despedido, ostracizado e condenado por grande parte da comunidade de Hollywood.
No final de fevereiro de este ano, o magnata e ex-produtor acabou condenado por dois dos cinco crimes de que era acusado — o ato sexual criminal em primeiro grau envolvendo Miriam Haley, e de violação em terceiro grau, envolvendo outra mulher.
A decisão foi tomada na segunda-feira, 23 de fevereiro, depois de o júri ter estado perto de 30 horas a deliberar. O produtor enfrenta uma pena que pode ir dos cinco aos 25 anos de prisão, tendo livrado-se da possibilidade de cumprir perpétua ao ser sido ilibado do crime de comportamento sexual predatório, a acusação mais grave que enfrentava.