Jacob Blake, o afro-americano baleado por um polícia à queima-roupa nas costas oito vezes, encontra-se em estado grave e pode mesmo ficar paraplégico, tal como foi revelado pela família.

"Uma bala passou por uma parte ou toda a espinal medula, pelo menos uma bala. Ele tem furos no estômago. Foi necessário remover quase todo o cólon e o intestino delgado", contou Patrick Salvi Jr, um dos advogados da família, à CNN, acrescentando que a família vai avançar com um processo civil contra o departamento de polícia em causa, o Departamento da Polícia de Kenosha, em Wisconsin, nos Estados Unidos.

Jacob Blacke foi operado mal chegou ao Hospital Froedtert em Milwaukee, e mais tarde foi apurada a gravidade da situação: sofreu múltiplos ferimentos, incluindo uma bala que atingiu o braço, problemas no rim, fígado e espinal medula, conforme revela o mesmo advogado.

"Será preciso um milagre para Jacob Blake voltar a andar", disse Benjamin Crump, outro dos advogados, revelando que esta terça-feira à tarde, 25 de agosto, voltou a ser submetido a uma cirurgia.

Um tio destaca o mais importante, que Blake está vivo, mas não deixa de estar preocupado com o futuro do homem de 29 anos, segurança e pai de três filhos. "Apenas rezamos pela sua melhor recuperação, que ele possa ter uma grande qualidade de vida", continua o tio.

Os filhos são a maior preocupação da vítima do ataque, tal como revelado por uma das irmãs, Zietha, que quase todas as noites fala com Blake. "Os filhos são o mundo para ele", disse e acrescentou: "Ele está chateado porque estamos magoados, chateados. Ele não quer saber dele. Está mais preocupado connosco", diz durante uma conferência de imprensa na noite desta terça-feira, 25 — a terceira noite de protestos na cidade de Kenosha contra a violência policial e anti-racismo.

Dos protestos da noite desta terça-feira, 25, resultaram três feridos, que foram alvejados, e dois deles acabaram mesmo por morrer, de acordo com o "The New York Times". 

As manifestações contra o racismo começaram logo na noite do episódio de violência, 23 de agosto, seguindo-se um recolher obrigatório a partir das 22h15 de domingo, 23, até às 7h de segunda-feira, 24. Entretanto, o governador do Wisconsin, Tony Evers, declarou o estado de emergência em Kenosha, Wisconsin, e reforçou a presença da Guarda Nacional nas ruas da cidade para repor a ordem.

O Departamento de Justiça de Wisconsin já está a investigar o tiroteio e em breve deverá anunciar se avança com uma acusação formal, conforme sejam ou não encontrados indícios. Embora não haja ainda resultados, os dois agentes envolvidos foram suspensos.

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