O caso que está a chocar o Reino Unido aconteceu no domingo, 4 de agosto, quando uma criança de 6 anos foi tirada dos braços da mãe e empurrada do 10.º andar da galaria de arte Tate Modern, em Londres. Depois de ter caído até uma varanda do quinto andar, foi prontamente assistida pelas autoridades e transportada para o hospital através de um helicóptero. Esta segunda-feira, 5, a polícia local anunciou que a criança se encontra estável, embora em estado crítico.
Aquele que empurrou a criança é um adolescente de 17 anos que, segundo escreve o jornal britânico "The Guardian", já foi acusado de tentativa de homicídio.
Por ser menor de idade, o jovem não pode ser identificado, mas acredita-se que possa sofrer de esquizofrenia e que não está autorizado a estar fora de casa sem vigilância constante de pelo menos duas pessoas.
Em declarações exclusivas ao tabloide "The Sun", um dos cuidadores que já trabalhou com o jovem diz que este "foi um dos pacientes mais difíceis" que alguma vez encontrou.
"Ele sofre de esquizofrenia e tem tendência a reagir com violência. Fica muito agressivo quando lhe é negada alguma coisa que ele quer ou quando lhe dizem o que fazer. Não está autorizado a sair de casa a menos que esteja acompanhado por pelo menos dois cuidadores", revela a mesma fonte que preferiu manter o anonimato.
"Mas ele é assustadoramente inteligente. Vimos uma edição do 'The Chase' [um programa de televisão com quizes] e ele acertou a todas as perguntas corretamente. Alguma coisa deve ter corrido muito mal na Tate Modern porque ele não está autorizado a sair de casa sem duas pessoas", reforça o prestador de cuidados que garante que vai ter de ser aberto um inquérito para perceber o que é que o jovem estava ali a fazer.
Segundo escreve o "Daily Mail", suspeita-se de que o adolescente tenha estado na galeria de arte durante pelo menos duas horas a observar outras crianças antes do ataque. Nancy Barnfield, 47 anos, foi uma das testemunhas ouvidas pelo jornal que diz que reparou no jovem por estar a "agir de forma suspeita".
"Ele seguiu-nos durante algum tempo e eu disse aos meus filhos: 'Fiquem longe daquele rapaz'. Ele estava a agir de forma estranha, tinha as mãos atrás das costas e só nos observava. Quando se afastou de nós pensámos: 'Ainda bem que se foi embora'", recorda.
Segundo a mesma publicação, as autoridades responsáveis pelo caso mantêm todas as opções em aberto e estão a investigar se o jovem fugiu de casa ou se conseguiu escapar ao olhar dos cuidadores que o acompanhavam.