No sábado, 7 de outubro, o grupo islâmico Hamas atacou território israelita. Israel declarou guerra aos palestinianos e, na sequência do conflito, já morreram cerca de 2.000 pessoas, incluindo Rotem Neumann, descendente de sefarditas com passaporte português que estava desaparecida.

A jovem de 25 anos estava num dos festivais que aconteceram na área rural perto da fronteira entre Gaza e Israel, que foi atacada por homens armados do Hamas. Três dias depois de ter sido dada como desaparecida, foi encontrada sem vida e a notícia foi confirmada pelo primo, Tomer Neumann, à Associated Press, de acordo com a CNN Portugal.

Antes de morrer às mãos do grupo islâmico, a jovem terá conseguido falar com a família. Depois de ter começado a ouvir disparos, Rotem Neumann telefonou aos pais, contou o mesmo familiar, acrescentando que esta foi a última vez que os mais próximos tiveram notícias desta.

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Depois da chamada telefónica, a jovem e os amigos fugiram de carro e tentaram procurar abrigo. Contudo, a viatura acabou por ser travada pelos militares do Hamas, que começaram a disparar com armas automáticas. Após conseguirem despistá-los, saíram do carro e começaram a correr para longe da fronteira, até encontrarem um novo abrigo, de acordo com a mesma publicação.

Rotem ainda conseguiu enviar uma mensagem a um amigo, com quem partilhou a localização, para que a encontrassem nesse sítio, que pensavam ser seguro. Mas antes de a ajuda chegar, os militares do Hamas descobriram-nos e, mais uma vez, começaram a disparar sobre o abrigo. Foram encontrados vários corpos no local.

Há uma segunda luso-israelita que continua desaparecida

A jovem chama-se Dorin Atias, tem 22 anos e é israelita sefardita com passaporte português. Tinha ido ao festival pela Paz, também invadido por forças do Hamas, no sábado, 7 de outubro. Depois de ter falado com os pais na noite de sexta-feira, 6, nunca mais se soube da mesma.

O correspondente da SIC, Henrique Cymerman, que também avançou o caso de Rotem Neumann, explicou que a mãe da jovem procurou a filha em todos os hospitais. Como se isso não bastasse, foi procurar o cadáver da jovem entre os mais de 250 corpos que foram encontrado no local do festival, mas não teve sucesso, de acordo com a SIC Notícias.

Desesperada por ter notícias da filha, a mãe de Dorin, Talin Atias, já pediu ajuda ao Governo português e às Nações Unidas. "Estamos todos destroçados. Sinceramente, preciso de a ter de volta. Por favor. Por favor, ajudem-nos", disse, citada pela estação de Paço de Arcos.

Quantas pessoas já morreram?

No sábado, 7 de outubro, o Hamas atacou o território israelita de surpresa, numa operação que apelidaram de "Tempestade al-Aqsa". Foram lançados de milhares de foguetes e andam milicianos armados por terra, mar e ar. Israel reagiu ao bombardear instalações do Hamas na Faixa de Gaza, por sua vez apelidando a operação de "Espadas de Ferro".

O último balanço da guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas subiu para mais de 1.200 mortos e mais de 2.700 feridos do lado israelita, segundo dados atualizados esta quarta-feira, 11 de setembro, informa o "Diário de Notícias".

Por outro lado, as autoridades de Gaza também confirmaram os dados do seu lado: o número de mortos nos bombardeamentos do exército israelita na Faixa de Gaza subiu para 950 mortos, a par de ter registado cerca de 5.000 feridos, avança a mesma publicação.

Os ataques atingiram dezenas de edifícios residenciais, fábricas, mesquitas e lojas. Esta é a mais mortífera ofensiva militar do Hamas dos últimos 15 anos.