Kate Claxton é uma mãe de 35 anos que durante a gravidez teve de lidar com o aparecimento de estrias no corpo. Acabou por sofrer de depressão pós-parto e as marcas com que ficou deixaram-na insegura. Por essa razão, decidiu pintar esse tipo de cicatriz numa boneca Barbie para mostrar à filha de 3 anos que são “perfeitamente normais”.
“A minha filha começou a gostar muito de Barbies recentemente e eu fiquei um pouco reticente quando fui comprar a primeira boneca para ela. Eram todas a típica Barbie, com proporções perfeitas, pernas longas e cabelo loiro”, referiu Kate, citada pelo jornal “Daily Mail”.
Apesar de existir bonecas mais inclusivas com vitiligo ou com próteses, esta mãe não estava a encontrar uma Barbie com estrias. “Escrevi um livro para crianças sobre estrias e quando fui pesquisar descobri que 96% das mulheres as têm, mas não há bonecas que representem esta situação, por isso pensei em fazer uma”, acrescentou a mulher de 35 anos.
Kate pegou então numa boneca e começou a pintar as estrias, utilizando verniz para as unhas. “As crianças devem saber que estas marcas são naturais para as mulheres. Há muitas maneiras de as pessoas serem ‘normais’ e acho que as crianças devem aprender isso desde cedo. Não queria passar os meus problemas com o meu corpo à minha filha”, mencionou.
Esta mulher de 35 anos revelou ainda que, durante a sua pesquisa para o livro infantil, apenas encontrou informações sobre “cremes e tratamentos para livramo-nos delas”. “Encontrei poucas coisas sobre a aceitação das marcas. E é isso que acho que as mães precisam de fazer, aceitar que são perfeitamente normais e fazer com que os seus filhos saibam o mesmo”, apontou Kate.
Depois de ter feito a primeira boneca com características que atinge milhares de mulheres, Kate pediu aos fabricantes da Barbie para fazerem o mesmo. “Gostaria que os fabricantes fizessem algumas Barbies com estrias para passar a mensagem de que não é preciso preocuparem-se com elas. Acredito que é muito importante expor os nossos filhos a tanta diversidade quanto possível”, referiu esta mãe.