Mais de dois anos anos depois de ter desaparecido, em 2019, uma menina de 6 anos foi encontrada num espaço "pequeno, frio e molhado", debaixo de umas escadas na localidade de Saugerties, propriedade do avô, Kirk Shultis Sr.. Tanto os pais biológicos como o avô da menina estão envolvidos no rapto, avançam as autoridades norte-americanas.

Os pais da menina, Kimberly Cooper e Kirk Shultis Jr., tinham perdido a custódia da filha pouco antes do seu desaparecimento, depois de a justiça norte-americana considerar que punham em risco "o bem-estar da criança"."Acreditamos que alguém terá dito aos pais que o guardião legal e funcionários do condado iam buscar a criança, o que os levou a raptá-la e a fugir", afirmou o chefe da polícia de Saugerties, Joseph Sinagra, ao canal WNYT, avança o jornal "The Guardian".

A menina foi encontrada viva, esta segunda-feira, 14 de fevereiro, em Saugerties, Nova Iorque, a 290 quilómetros da cidade onde foi dada como desaparecida. Neste caso, em Spencer, nos Estados Unidos.

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Num comunicado divulgado esta terça-feira, 15, as autoridades norte-americanas revelaram que receberam uma denúncia anónima relativa ao paradeiro da menina, que alegava que a criança estava escondida em casa do próprio avô.

O espaço foi revistado pela equipa policial de Nova Iorque, que, ao retirar as tábuas das escadas principais da habitação, encontrou Paislee Shultis viva e escondida com a mãe biológica, Kimberly Cooper, de 33 anos, naquele que seria o seu quarto improvisado há cerca de dois anos.

Rapto Nova Iorque
créditos: Twitter

Trata-se de um espaço "pequeno, frio e molhado", entre as escadas principais da habitação e a cave, repleto de cobertores e brinquedos da criança, que teria cerca de 4 anos à data do rapto. 

Paislee foi levada para a sede da polícia nova-iorquina, onde foi entregue à sua tutora legal, depois de ter sido examinada pelos paramédicos. Segundo as autoridades, a menina de 6 anos foi encontrada saudável e sem sinais de maus tratos.

O pai da menina já teria sido interrogado várias vezes desde o seu desaparecimento em 2019, alegando sempre que não tinha conhecimento do paradeiro da criança. Tanto os pais biológicos como o avô foram detidos e acusados pelo rapto. Shultis Jr. e Shultis Sr. aguardam o julgamento em liberdade, enquanto Cooper permanece detida.

A polícia informou que a investigação ainda está a decorrer e que haverá mais detenções.