"Estão a gerir uma escola como um campo de concentração". É assim que Sophie Vernon-Jones, que mora em Worksop, Nottinghamshire, no Reino Unido, descreve o estabelecimento de ensino que o filho, Kobie, de 3 anos, frequenta. Isto porque o menino, que tem o cabelo comprido, teria de cortá-lo, caso quisesse voltar a ser matriculado no próximo ano letivo.
A escola alegadamente insistiu que Kobie cortasse o cabelo ou o mantivesse permanentemente num coque, algo que a mulher detesta. Sophie, que é cabeleireira, afirmou estar "absolutamente estupefacta" depois de ser confrontada com a política rigorosa da escola em relação ao cabelo da criança, segundo o "The Sun", achando-a discriminatória.
A mãe do menino foi à procura de esclarecimentos, até porque Kobie tinha alguns centímetros de cabelo rapado, cujo objetivo até era dar-lhe uma "identidade mais masculina". No entanto, a escola insistiu que qualquer estilo que não se enquadrasse nas normas era motivo para deixar de a frequentar.
"Para que é que ele tem cabelo comprido sequer?", foi o que lhe perguntaram. A cabeleireira disse que ficou surpreendida com a questão e respondeu. "Não se pergunta a uma rapariga porque é que ela tem cabelo comprido, por isso não sei porque é que se pergunta isso a um rapaz. É uma pergunta que não deve ser feita e que não precisa de ser feita", explicou.
Entretanto, a escola propôs uma reunião de pais para avaliar o cabelo de Kobie no final do verão, algo que Sophie recusou. De seguida, foi informada de que, se o cabelo de Kobie não estivesse de acordo com as normas em setembro, ele ficaria impedido de frequentar as instalações.
Agora, a cabeleireira está a ponderar escrever uma carta aos diretores da escola, com o objetivo de criticar a política rígida e discriminatória, além de enfatizar o seu desagrado com a situação. "Não é uma prisão, não é o exército, não é um quartel, é uma escola", explica, acrescentando que "não se poder ter o cabelo comprido e com este estilo é discriminação".