A coroação de Carlos III vai acontecer a 6 de maio, na Abadia de Westminster, no Reino Unido, oito meses depois da morte da sua mãe, a rainha Isabel II. Ao contrário da cerimónia de entronização da monarca, em 1953, a do rei será mais simples, mais curta e mais diversificada – e para a rainha consorte, Camilla, vai haver algumas mudanças.
Antes de morrer, Isabel II foi clara quando afirmou que, aquando da coroação do filho e da mulher, queria que Camilla fosse conhecida como rainha consorte, avança o "The Independent". Mas, inicialmente, pensava-se que iria ter o título de princesa consorte, como foi anunciado aquando do seu casamento com Carlos III em 2005 – e tal como aconteceu com o marido da falecida monarca, Filipe, que também era conhecido como príncipe consorte.
Ainda assim, o desejo de Isabel II sobrepôs-se ao que havia sido previamente comunicado, tendo sido cumprido. Aquando da sua morte, o Palácio de Buckingham informou, desde logo, que Carlos III era rei e Camilla a sua rainha consorte. No entanto, no dia da coroação, o título da mulher do monarca vai sofrer uma alteração, tornando-o muito mais simples – passará a ser apenas rainha.
"Há uma visão no palácio de que [o título] 'rainha consorte' é demasiado pesado e pode ser mais simples para Camilla ser conhecida apenas como rainha quando chegar a altura certa", disseram fontes do palácio de Buckingham, a residência oficial dos monarcas, citadas pelo "Daily Mail". E ainda acrescentaram que o facto de o relançamento da "The Queen's Reading Room" [sala de leitura da rainha, em português], um projeto de solidariedade de Camilla, não contar com a palavra "consorte" foi uma antevisão do que aí vem.
A par desta mudança, o rei também quer impor alterações na própria cerimónia: em vez das habituais quatro horas, durará pouco mais de uma hora, e a lista de convidados também será reduzida de 8 mil para apenas mil. Além disso, rituais antigos e demorados serão eliminados de forma a poupar tempo e o dress code será mais descontraído, permitindo que os convidados usem fatos e não os trajes tradicionais, explica o "Daily Mail".
Quanto a possíveis atuações nesse dia especial, ainda não há confirmações. Segundo a "W Magazine", ainda que haja uma probabilidade de as Spice Girls voltarem a subir aos palcos no dia da coroação com um espetáculo de arromba, também há quem tenha, alegadamente, recusado o convite do rei, como Adele e Ed Sheeran.
O cantor não aceitou o convite por ter, no dia anterior, um concerto no outro lado do Atlântico, no Texas, Estados Unidos. Quanto a Adele, não houve uma justificação concreta que explicasse por que razão rejeitou o convite – até porque, de acordo com a agenda da artista, nem sequer tem concertos marcados para maio, avança a "Paper Magazine".
Uma das pessoas responsáveis pela organização ficou extremamente desapontada com as atitudes de ambos os músicos. "[Foi] uma grande decepção", explicou, citado pela "Paper Magazine". "Eles são titãs do mundo do espetáculo e são essencialmente britânicos, mas também conhecidos em todo o mundo. É uma pena", rematou.