Juliana Nehme é uma modelo plus size brasileira e também influenciadora digital. E, no passado mês de novembro, foi impedida de embarcar num voo da Qatar Airways por causa do excesso de peso. Na sequência deste episódio, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que a companhia deverá financiar acompanhamento psicológico à mulher.

Tudo aconteceu quando Juliana queria apanhar um voo do Líbano para São Paulo, no Brasil. No entanto, uma comissária de bordo impediu-a de entrar no avião, dizendo-lhe que não podia embarcar por ser "demasiado gorda", de acordo com a "CNN Brasil" e as redes sociais da modelo.

“A aeromoça da Qatar [Airways] disse que eu não posso embarcar porque eu sou muito gorda e não tenho direito a essa passagem. Estamos eu, a minha mãe, a minha irmã e o meu sobrinho. Nós pagamos 4 mil dólares por essas passagens. Agora, ela simplesmente se nega a dar as passagens e a me deixar embarcar no voo para Doha e de lá para São Paulo porque sou gorda. O que eu vou fazer?”, desabafou num dos vídeos que publicou nas redes sociais, citada pela "CNN Brasil".

Juliana ainda esclareceu que a companhia aérea lhe havia explicado que teria de comprar um bilhete em executiva ou bilhetes para dois assentos juntos (em classe económica) se quisesse seguir viagem. Adicionalmente, ainda teria de ser obrigada a pagar uma multa por não ter embarcado na hora do voo.

Depois deste episódio, o tribunal de São Paulo determinou, esta segunda-feira, 20 de dezembro, que a companhia aérea deverá ser responsável por pagar consultas de acompanhamento psicológico a Juliana, segundo o "Daily Mail". O objetivo é compensar a influenciadora pelo sofrimento causado aquando do incidente e evitar o agravamento de possíveis distúrbios mentais.

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A empresa deverá pagar 400 reais (cerca de 72 euros) semanais à influenciadora, pelo menos durante um ano. Feitas as contas, estas consultas, que deverão ser realizadas com um profissional de confiança da vítima, terão um custo total de 19.200 reais (cerca de 3.465 euros) à Qatar Airways.