De forma a travar a proliferação da COVID-19, o chefe de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselhou a não se estar demasiado perto de familiares durante a época natalícia e a evitar abraços.

A recomendação foi dada esta segunda-feira, 7 de dezembro, por Michael Ryan, durante uma conferência de imprensa online na sede da organização, citada pela "Time", tendo em conta os números que considera "chocantes" de casos de COVID-19 e de mortos, especialmente nos Estados Unidos.

"É horrível pensar que estaríamos aqui como Organização Mundial da Saúde a dizer às pessoas para não se abraçarem. É terrível. Mas essa é a realidade brutal em locais como os Estados Unidos, neste momento", admitiu Michael Ryan.

Pode ir passar o Natal a casa. António Costa anuncia medidas menos restritivas
Pode ir passar o Natal a casa. António Costa anuncia medidas menos restritivas
Ver artigo

Ainda sobre os Estados Unidos, o responsável refere que é "chocante ver uma ou duas pessoas a morrer por minuto" naquele país — "um país com um sistema de saúde forte e capacidades tecnológicas incríveis". Atualmente, os Estados Unidos são  responsáveis por um terço de todos os casos COVID-19 no mundo, acrescentou Ryan. De acordo com a Universidade Johns Hopkins, o país registrou mais de 280 mortes por coronavírus até o momento.

A responsável técnica para a COVID-19 da OMS, Maria Van Kerkhove, também presente na conferência, referiu que a maioria dos contágios acontecem entre pessoas que passam muito tempo juntas e a partilham refeições em espaços fechados, locais de trabalho ou em casa. Mas admite que continua a ser difícil perceber com exatidão como é que o vírus se espalha.