As buscas por Brian Laundrie, o namorado de Gabrielle Petito e o principal suspeito do seu homicídio, continuam a decorrer e têm uma reserva natural e inóspita da Flórida, nos EUA, como palco principal. A qualidade dos terrenos tem constituído inúmeras dificuldades para as autoridades envolvidas nas operações, mas a situação pode mudar em breve o que permitirá às equipas encontrá-lo, garante o advogado da família Laundrie.
"Parece que o nível da água presente na reserva natural está a regredir o que fará com que certas áreas sejam mais fáceis de se aceder", explica Steve Bertolino, o advogado, citado pela CNN. "Toda a família está agradecida pelo trabalho que tem vindo a ser desempenhado pelos vários membros das forças de autoridade que têm procurado por Brian na reserva ao longo das últimas semanas. Esperemos que seja localizado em breve", continua.
Ainda que o advogado da família soe otimista, a polícia de North Port, na Flórida, diz que não há quaisquer indicações de que Brian Laundrie esteja escondido na reserva natural, uma vez que ninguém o viu.
A polícia fez ainda saber, através do seu porta-voz Josh Taylor, de que nas buscas feitas até agora, não foram encontrados quaisquer vestígios que dêem a indicação de que Brian alguma vez tenha passado pela reserva, escreve a CNN. As buscas no local, diz Taylor, foram acionadas com base nas informações cedidas pela família do jovem, que disseram que Brian tinha planeado um passeio pela reserva em meados de setembro.
Estas novas informações surgem na mesma altura em que se sabe que, antes de desaparecer, Brian Laundrie já estava a ser vigiado pela polícia. Depois de o jovem de 23 anos ter regressado a casa, a 1 de setembro, de umas férias de dois meses com a namorada, Gabrielle Petito, que não regressou, tanto ele como a sua família recusaram facilitar a recolha de informações por parte da polícia.
Foi isso que fez com que com as autoridades acionassem, de imediato, equipas de vigilância sobre Brian. Mas o enquadramento legal da Flórida limitou o trabalho dos polícias, que não podiam fazer mais do que vigiar, já que se suspeitava apenas do desaparecimento de Petito e não da sua morte.
O corpo de Gabrielle Petito foi encontrado a 19 de setembro, no condado de Teton, em Wyoming, e a polícia já fez saber que se trata de um homicídio.
Os telemóveis usados por Brian e Gabby na viagem ainda não foram encontrados
Ainda que o jovem de 23 anos não tenha sido formalmente acusado do homicídio da namorada, tem sobre si um mandado de captura pelo uso não autorizado de um cartão de débito de outra pessoa. O cartão terá sido usado entre 30 de agosto e 1 de setembro para pagar compras no valor de mais de mil dólares (cerca de mais de mil euros).
Durante todo este processo de investigação, as autoridades ainda não tiveram oportunidade de encontrar os telemóveis usados por Brian e Gabrielle durante a viagem que fizeram. É considerado um elemento fundamental de prova, já que ambos os equipamentos poderão conter informações importantes para o desfecho do caso.
Brian Laundrie está desaparecido desde 14 de setembro, depois de ter regressado das férias com a namorada. Antes de desaparecer, sabe-se, acampou com os pais, que garantem não ter quaisquer informações sobre o paradeiro do filho. Apesar da resistência inicial em colaborar com a polícia para que fossem obtidas informações sobre o caso, o pai de Brian, Chris Laundrie, foi visto esta quinta-feira, 7 de outubro, a ajudar a polícia nas buscas em redor da reserva.
"Foi-lhe pedido que identificasse quaisquer trilhos ou locais favoritos que Brian possa ter percorrido na reserva. O local foi inteiramente fechado ao público e a família Laundrie tem cooperado com as autoridades, mas até agora ainda não houve quaisquer descobertas", concluiu o advogado à CNN.
O desaparecimento de Gabrielle Petito foi comunicado às autoridades pela família a 11 de setembro, depois de a jovem não ter regressado com o namorado Brian Laundrie, de 23 anos, da viagem que se encontravam a fazer de autocaravana desde julho, pelos EUA. A 1 de setembro, o namorado regressou a casa sozinho e recusou-se a colaborar com as autoridades, tendo desaparecido, depois de ter sido identificado como "pessoa de interesse" no caso.