Veneza enfrenta a maior cheia dos últimos 50 anos. Os ventos fortes e as chuvas intensas fizeram com que a água na cidade atingisse quase dois metros esta quarta-feira, 13 de novembro, e a situação é dramáticas. As ruas ficaram submersas e diversos pontos turísticos inundados — nomeadamente a Praça de São Marcos, que foi fechada aos turistas esta sexta-feira.

A famosa Basílica de São Marcos também foi obrigada a encerrar. Segundo o administrador do monumento, Pierpaolo Campostrini, esta é a quinta vez que acontece uma inundação na Basílica mais famosa da cidade. Mas parece que os estragos não ficaram por aqui. O prédio do conselho regional de Veneza, no Palácio Ferro Fini, localizado no Grande Canal, foi inundado pela primeira vez depois de, ironicamente, terem sido chumbadas medidas de combate às alterações climáticas.

"Ironicamente, a câmara ficou inundada dois minutos depois que os partidos maioritários da Liga, irmãos da Itália, e Forza Italia rejeitaram as nossas emendas para combater as mudanças climáticas", explicou o vice presidente da comissão do meio ambiente, Zanoni, numa publicação no Facebook conforme cita o canal americano CNN. Entre as ações que foram reprovadas estava a substituição de autocarros a gasolina por veículos mais eficazes e menos poluentes e a redução do impacto de objetos de plástico, como escreve o jornal "Folha de São Paulo".

Segundo Zanoni, foram realizadas vários alertas para a possibilidade de inundação do prédio. "Membros da Liga Veneta [partido político] insistiram em prosseguir com a sessão e criar uma série de inconveniências", afirmou. No entanto, e segundo o jornal brasileiro, o presidente do Conselho Regional, Roberto Ciambetti, membro do partido Liga Veneta, explicou em comunicado enviado à CNN que permaneceram no local para garantir a segurança de todos.

9 imagens chocantes das inundações em Veneza
9 imagens chocantes das inundações em Veneza
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O presidente da da Câmara de Veneza, Luigi Brugnaro, culpou esta quarta-feira as alterações climáticas pelas inundações da cidade histórica, que atingiram o nível mais alto desde 1966. No Twitter afirmou:“A situação é dramática. Pedimos ajuda ao governo. Os custos vão ser elevados. Este é o resultado das mudanças climáticas”.

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