Na passada sexta-feira, 17 de setembro, Sabina Nessa foi assassinada num parque público em Londres. A professora primária de 28 anos saiu de casa por volta das 20h30 em direção ao bar Depot, em Kidbrooke Village. O trajeto de casa até ao bar devia ter demorado cerca cinco minutos, mas Sabina não chegou ao destino.
A jovem atravessou o Parque Cator, na zona sudeste de Londres, e terá sido aí que foi atacada, tendo sido o corpo encontrado mais tarde numa zona do parque por uma pessoa que passeava o cão. O assassinato de Sabina Nessa, que está a chocar o mundo, volta a trazer para discussão a segurança das mulheres nas ruas do Reino Unido.
"Sabemos que a comunidade está chocada com este homicídio — como nós estamos — e estamos a utilizar todos os recursos disponíveis para encontrar o responsável", disse o inspetor Joe Garrity, responsável pela investigação, citado pelo pela BBC. Neste momento, as autoridades apelam a que todos os que tenham visto Sabina Nessa nessa noite ou algum comportamento suspeito, falem.
"Estamos extremamente gratos a todos os que, até agora, se apresentaram para falar connosco, mas acreditamos que ainda existem outros que podem ter informações úteis. Se acha que viu Sabina ou qualquer comportamento suspeito dentro ou perto do parque na sexta-feira à noite, fale connosco", pediu Garrity, citado pela Sky News.
Esta sexta-feira, 24 de setembro, o suspeito de 38 anos que tinha sido preso por suspeita do assassinato de Nessa, foi libertado. A notícia da libertação foi dada pela Polícia Metropolitana de Londres, que apelou uma vez mais a que todos os que tenham informações, falem com as autoridades, escreve a CNN. Com o objetivo de encontrar o responsável pelo crime, as autoridades divulgaram imagens de câmaras de videovigilância, e pediram ajuda à população para identificar outro homem, que pode estar relacionado com o caso.
Vigília em memória de Sabina Nessa apelou à segurança das mulheres
Esta sexta-feira, 24, uma semana após a morte de Sabina Nessa, foram vários os que se juntaram nas ruas de Londres para homenagear a professora e, ao mesmo tempo, apelar a uma maior preocupação com a segurança das mulheres.
A cerimónia foi preparada pelo grupo "Reclaim These Streets", que assumiu protagonismo na luta pela defesa da segurança das mulheres depois de ter organizado uma vigília semelhante por Sarah Everard, a mulher de 33 anos que também foi atacada e morta nas ruas de Londres em março deste ano.
Durante a vigília, a irmã de Sabina, Jebina Yasmin Islam, disse que o mundo perdeu uma mulher "brilhante". "Perdemos uma irmã incrível muito cedo. A Sabina amava a sua família. Perdemos a nossa irmã, os meus pais perderam a filha e as minhas filhas perderam uma tia brilhante, amorosa e atenciosa. Parece que estamos presos num pesadelo do qual não podemos sair dele", disse, citada pela CNN.