Melanie Hawkes sofre de mielite transversa aguda, um distúrbio inflamatório da medula espinal, caracterizado pelo desenvolvimento do enfraquecimento das capacidades motoras, que a deixou tetraplégica. Desde a infância que está dependente de uma cadeira de rodas para se mover e, aos 43 anos, contratou um homem para perder a virgindade.
A mulher, natural de Perth, uma das maiores cidades australianas, diz que o sexo era algo que a deixava aterrorizada, fruto da sua condição física. Por isso, durante mais de quatro décadas de vida, riscou a possibilidade de vir a ter relações sexuais, até porque achava que nunca iria encontrar um homem que quisesse tê-las consigo, de acordo com o "New York Post".
Até que, em janeiro deste ano, aconselhada pela sua cuidadora, decidiu recorrer a um site de acompanhantes de luxo, onde encontrou Chayse, um homem que a deixou interessada. Sem muitas demoras, meteu mãos à obra e começou a fazer-lhe inúmeras perguntas que incidiam sobre as suas preocupações, nomeadamente se o acompanhante se importaria de carregá-la para a cama antes de o ato começar.
Depois de muita conversa e de perceber que Chayse estava disposto a concretizar este desejo, Melanie marcou uma sessão de duas horas com o homem."Foi a primeira vez que fiquei nua à frente de um homem, sem ser num hospital", conta, citada pela publicação norte-americana, acrescentando que ficou "assoberbada com o especialista" que estava na sua presença.
E a mulher diz que não se arrepende desta decisão, porque Chayse ajudou-a a acalmar-se e ofereceu-lhe uma perspetiva completamente nova em relação ao universo das relações sexuais. "Acabámos a rir da ignorância e da ingenuidade um do outro", continua Melanie, que frisa que, depois daquelas duas horas, já eram melhores amigos.
Mesmo que a sessão não tenha sido barata, uma vez que o acompanhante cobra 265 dólares (cerca de 247 euros) à hora, Melanie ficou tão interessada que acabou por marcar uma segunda ronda. "É difícil não te apaixonares pelo Chayse", explicou, acrescentando que tem de se lembrar de que esta é uma relação meramente profissional.
No entanto, este foi o empurrão de que Melanie necessitava para começar a procurar um companheiro ao qual não necessitasse de pagar. A mulher, que agora está mais confiante, começou a explorar as aplicações de encontros na esperança de encontrar um homem que a aceite e com quem queira ter um relacionamento sério.
“Estou à procura de um substituto para o Chayse. Alguém que me ame e ame o que eu gosto e que faça tudo de graça", brincou. "Nunca pensei que entraria em aplicações de encontro e que conversaria com homens online, e agora estou a fazer isso praticamente todos os dias", explicou, concluindo seguidamente que o seu "único arrependimento é não ter feito isso antes".