Numa altura em que a América continua dividida pelo ódio e a intolerância, será o ator Tom Hanks, uma figura consensual entre a larga maioria da população, a conduzir o programa especial que vai acompanhar e celebrar a oficialização de Joe Biden como o presidente dos EUA durante os próximos quatro anos.

O formato especial, intitulado "Celebrating America" [Celebrar a América], que vai acontecer já na próxima quarta-feira, 20 de janeiro, contará ainda com as presenças de Justin Timberlake, Demi Lovato, Ant Clemons e Jon Bon Jovi, há vários anos apoiantes e defensor do partido Democrata. Espera-se que, ao longo dos próximos dias, sejam anunciadas mais atuações que precederão a tomada de posse de Joe Biden e de Kamala Harris, a primeira mulher a ocupar o cargo de vice-presidente do país, que farão uma comunicação ao país.

O evento televisivo, que está a ser preparado ao pormenor não só porque questões de segurança, mas também devido à pandemia, irá "reforçar a resiliência, o heroísmo e o sempre inabalável compromisso do povo americano em juntar-se para regenerar e reconstruir uma nação", explica o comité responsável pelo evento em declarações à agência "Reuters". Espera-se que tenha cerca de 90 minutos e será transmitido, em direto, em plataformas como o Facebook, o YouTube, o Twitter e a Twitch.

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A preparação do evento surge na mesma altura em que, pela primeira vez na história dos EUA, um presidente é alvo de um segundo processo de destituição (ou impeachment) pelo Congresso. A decisão, que foi oficializada esta terça-feira, 13 de janeiro, surge depois de Donald Trump ter sido considerado o principal responsável por conduzir a que os manifestantes em Washington invadissem o Capitólio no momento em que os representantes se preparavam para confirmar os votos do Colégio Eleitoral que davam a vitória a Joe Biden.

Ao contrário do que aconteceu no primeiro processo de destituição, barrado pela maioria Republicana no Senado, esta nova votação contou com o apoio de dez republicanos com 232 votos a favor e 197 contra.

A condenação segue agora para o Senado, que só deverá ser votada a 19 de janeiro. Isto implica que o julgamento de Donald Trump só deverá acontecer quando Joe Biden já estiver na Casa Branca.