O chefe dos serviços de informação militar ucranianos, Kyrylo Budanov, garantiu, esta sexta-feira, 13 de maio, que Vladimir Putin está "muito doente" com cancro e "numa condição física e psicológica muito má". Os rumores de que a saúde do presidente russo estaria fragilizada já circulam há algum tempo.
A revista "New Lines" teve acesso a um áudio de uma conversa de um oligarca russo próximo do Kremlin, no qual este afirma que Putin está "muito doente, com um cancro no sangue", embora não determine que tipo de cancro, tal como refere o "Observador". A ausência do presidente russo em alguns compromissos tem servido para reforçar estas alegações acerca do seu estado de saúde.
O mesmo responsável ucraniano que avançou que Putin está bastante doente disse também, numa entrevista à Sky News, que um golpe de Estado na Rússia pode ser uma possibilidade, salienta o mesmo jornal. Este seria impulsionado por uma derrota na guerra na Ucrânia e tiraria Putin do poder. "O processo [de transferência] já está em marcha", sublinhou.
Kyrylo Budanov, "otimista" acerca do desfecho da guerra, acrescentou, na entrevista à Sky News, que o conflito entre a Ucrânia e a Rússia poderá terminar até dezembro de 2022. "A maior parte das ações de combate terão terminado no final do ano."
Para o responsável pelos serviços de informação militar ucraniana, o "ponto de viragem" poderá acontecer durante o mês de agosto e a Ucrânia conseguirá recuperar "os territórios que perdeu", inclusive a Crimeia e o Donbass. Budanov assegura que as táticas russas mantêm-se as mesmas no campo de batalha e que estão a sofrer "grandes perdas", acabando por desertar.
Budanov considera que o poder russo "é um mito" e afirma que a Ucrânia sabe "tudo" sobre a Rússia, mesmo a nível de planos. "Eles [Rússia] não são tão poderosos assim". "A Europa vê a Rússia como uma grande ameaça. Eles têm é medo de agressão", concluiu.