A mãe de uma jovem de 21 anos encontrada morta em casa acredita que a filha foi assassinada e que não se tratou de um suicídio – causa de morte levantada pela polícia. A mãe de Marta Fernandes, que era funcionária de uma loja de cosméticos no Saldanha, explicou ao “Correio da Manhã” que a filha era “feliz”, que tinha sonhos e gostava de trabalhar e que a hipótese de suicídio não faz sentido. “A morte da minha filha foi um crime”, garante.
Marta foi encontrada na manhã de 16 de junho pendurada num cabide na porta do quarto pelo pai. Este dirigiu-se a casa da filha mais nova, nos Olivais, em Lisboa, depois de a jovem não atender os telefonemas da mãe. “Pedi ao pai dela para ir lá a casa”, explicou a progenitora à mesma publicação. Ao pescoço, Marta teria uma corda “feita de atacadores e elásticos”. A última pessoa da família a ter contacto com a jovem foi a irmã mais velha, um dia antes da tragédia. “A minha filha mais velha falou com ela ao telemóvel e ela disse que ia de férias em agosto”.
Estes planos e outros pormenores que estava no quarto não fazem sentido e, por isso, a família nega tratar-se de um suicídio: “Há indícios que provam o contrário”. Esses indícios são “sangue no quarto”, os pés que não pareciam “estar apoiados em nada para poder ter sido enforcamento” e ainda o computador que se encontrava ligado debaixo da cama, situação que não era habitual.
Por acreditarem que se trata de um crime, os pais de Marta Fernandes já se constituíram assistentes num inquérito que se espera que o Ministério Público venha a abrir. A mãe tem suspeitas de quem poderia querer fazer mal à filha mas não as pode revelar.