As autoridades açorianas colocam todos os cenários possíveis em cima da mesa sobre o que pode vir a acontecer na ilha de São Jorge, no arquipélago dos Açores, onde foram registados mais de 1800 sismos desde sábado, 19 de março. “Um sismo de maior magnitude ou de uma possível erupção“ são duas possibilidades, segundo um comunicado da Proteção Civil, citada pela SIC Notícias.

O governo regional já está a preparar um plano de emergência para fazer face à atividade sísmica “preocupante”, como classifica o presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, dado que o epicentro localiza-se na “massa tectónica da própria ilha” e não no mar, o que pode provocar "uma situação vulcânica”, refere José Manuel Bolieiro.

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Contudo, para já, não há indicação de que isso possa acontecer. “Não há qualquer sinal ou evidência de atividade vulcânica, quer pelo satélite, quer pelos sensores. Todas as ocorrências sísmicas têm origem tectónica. No entanto, pelo histórico e pela localização sucessiva dos epicentros, poderá ocorrer esta situação", referiu o secretário Regional da Sáude, Clélio Meneses, numa conferência de imprensa esta terça-feira, 22, citada pelo jornal local "Açoriano Oriental".

A crise sismovulcânica na ilha de São Jorge acontece entre a vila das Velas, na zona sul da ilha, e a Fajã do Ouvidor, na costa norte, e num mapa permanentemente atualizado pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), é possível ver a evolução da atividade sísmica.

No mapa avistam-se vários pontos a vermelho escuro que indicam as ocorrências nas últimas 24 horas e por baixo do mesmo existe uma tabela com informações mais detalhadas que indica que desde as 7h16 desta quarta-feira, 23, já houve nove abalos na ilha de São Jorge. A maior magnitude registada neste período foi de 3.2 na escala de Richter.

Ilha de São Jorge
créditos: IPMA

População pode ser evacuada

“Estamos a cuidar deste problema em permanência com os melhores técnicos para, no caso de ser necessário, termos a resposta preparada para intervir. Esta resposta tem uma natureza ao nível de necessidade de evacuações e de cuidados de saúde e tudo isto está a ser preparado para, na nossa esperança, não ser necessário".

A afirmação é do secretário Regional da Saúde, Clélio Meneses, que revelou o plano que está a ser preparado pelas autoridades na conferência desta terça-feira, 22.

Para já, está prevista a transferência de utentes internados no Centro de Saúde das Velas, próximo dos epicentros sísmicos, para o Centro de Saúde da Calheta, e também “proteção acrescida“ para pessoas com “mobilidade afetada”.

Adicionalmente, estão já em alerta a Atlânticoline, empresa pública responsável pelo transporte marítimo de passageiros nos Açores, e as Forças Armadas “para a necessidade de ser emergente” retirar pessoas.

Já foram também enviados para a ilha equipamentos de busca e intervenção em estruturas colapsadas, detetores de soterrados e câmaras para buscas e meios da Proteção Civil, bombeiros e investigadores do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) e estão a ser preparados bombeiros de outras ilhas, avança Clédio, também responsável pela Proteção Civil.

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