A 94.ª cerimónia dos Óscares acontece já este domingo, 27 de março. Para Amy Schumer, comediante e uma das anfitriãs do evento, transmitido em direto um pouco para todo o mundo, fazia todo o sentido que Volodymyr Zelensky marcasse presença, já que há "tantos olhos e ouvidos" voltados para o espetáculo. A apresentadora abordou o assunto no programa de Drew Barrymore, onde, ainda que sem uma afirmação direta, transmitiu a ideia de que a proposta foi vetada pela produção.
A apresentadora e comediante de 40 anos considera que a gala é uma "grande oportunidade" para evidenciar "algumas das coisas terríveis que têm acontecido" no mundo, referindo-se indiretamente à ofensiva russa que, à data de publicação deste artigo, 22 de março, continua a atacar a Ucrânia pelo 27.º dia consecutivo.
"Acho que sem dúvida de que há muito a pressão do 'isto é uma folga, deixem as pessoas se esquecerem e vamos desfrutar desta noite'. Mas já que temos tantos olhos e ouvidos em cima de nós, acho que é uma grande oportunidade para, pelo menos, comentar algumas coisas. Tenho algumas piadas que, de certa forma, evidenciam a situação atual", sublinha no "The Drew Barrymore Show", acrescentando que há "tantas coisas horríveis" a acontecer que parece difícil saber em qual é que se deve focar.
Dada a atual situação da Ucrânia, Amy Schumer explica que a ideia seria contar com o presidente ucraniano de forma virtual durante a cerimónia. "Na verdade, sugeri encontrar uma forma de ter o Zelensky por satélite ou fazer uma gravação ou algo do género. Simplesmente porque há tanta atenção nos Óscares", revelou, tal como avança "NewsWeek".
A anfitriã não deixou claro qual foi a reação da produção à ideia apresentada, mas deixa no ar a ideia de que Will Packer e Shayla Cowan, produtores da cerimónia, juntamente com a Academia e canal ABC poderão ter vetado a proposta. "Não tenho medo de ir por aí, mas não sou eu que estou a produzir os Óscares", frisou.
A produção da cerimónia ainda não comentou publicamente as declarações de Amy Schumer. Até à data, não há qualquer informação que confirme a possível presença, ainda que à distância, de Zelensky.
300 ataques aéreos em 24 horas
Continuam-se a somar dias à guerra na Ucrânia. Esta segunda-feira, 26, o presidente ucraniano confirmou que rejeitou os ultimatos da Rússia para pôr fim ao conflito, insiste que qualquer acordo passará por um referendo na Ucrânia e volta a fazer referência a um possível encontro com Putin.
"O povo terá de falar e escolher uma ou outra forma de compromisso. Compromissos esses que serão tema nas nossas conversações", afirma.
O ministério da defesa ucraniano garantiu esta terça-feira, 22, que as forças russas têm apenas munições, combustível e alimentos suficientes para três dias. No entanto, as autoridades ucranianas adiantaram que "não foram observadas alterações significativas na posição e natureza das ações das forças de defesa no último dia" e esta madrugada arrancou com a confirmação de que há registo de pelo menos 300 ataques russos só nas últimas 24 horas, avança a SIC Notícias.
Esta terça-feira, 22, entramos no 27º dia de conflito armado na Ucrânia, e o dia arrancou com as sirenes que alertam para a possibilidade de ataque aéreo a soar em quase todas as cidades ucranianas. Na capital, está em vigor até amanhã de manhã o recolher obrigatório.
Até à data, já fugiram da Ucrânia 3,5 milhões de pessoas desde o início da ofensiva, a 24 de fevereiro A informação foi divulgada esta terça-feira, 22, pela Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).
O que esperar deste 27.º dia de guerra?
Na manhã desta terça-feira, 22, o presidente ucraniano dirige-se aos parlamentares japoneses a partir das 18:00 locais (09:00 em Lisboa),numa reunião sem horário fechado, confirmou o comité executivo do principal órgão legislativo do Japão composto por 465 deputados. Até à hora de publicação deste artigo, não há qualquer informação sobre o teor da discussão da Ucrânia com o Japão.
Horas depois, está previsto que Zelensky se dirija também aos deputados do parlamento de Itália por videoconferência. Recorde-se de que, ao longo das últimas semanas, o chefe de Estado ucraniano tem feito intervenções, sempre recebidas por ovações, em órgãos legislativos de vários países, como Reino Unido, Canadá, Estados Unidos, Alemanha e Israel, mas também no Parlamento Europeu.
O clima é de incerteza, principalmente depois de o Presidente dos EUA, Joe Biden, ter garantido, esta segunda-feira, 21, que Vladimir Putin está a considerar usar tanto armas biológicas como químicas. No entanto, a Rússia não confirmou qualquer informação neste sentido