Na próxima sexta-feira, 20 de novembro, assinalam-se cinco meses da morte de Pedro Lima. O ator de 49 anos estava há vários a lutar contra problemas de saúde mental e, agora, a família quer dar um contributo público para que esse tema seja destigmatizado.

João Lima, o filho mais velho do ator, é protagonista de uma campanha da Ivory Lisbon, que lançou uma linha de roupa dedicada a este tema, e Anna Westerlund aproveitou para falar sobre a importância da discussão pública sobre saúde mental. "Cerca de 800 mil pessoas morrem de suicídio a cada ano, sendo essa a segunda principal causa de morte em pessoas com idade entre 15 e 29 anos.Sinto que o momento que vivemos torna urgente que se fale de saúde mental e de depressão sem tabus. De um dia para o outro passámos a contar contaminados e óbitos, ficámos sem liberdade como a conhecíamos, a viver uma insegurança em relação ao futuro e presos numa paranóia do presente.Pensar que isto não terá repercussões na saúde mental das pessoas é sermos muito ingénuos", alerta a ceramista.

Pedro Lima tinha, no passado, falado publicamente sobre como lutava contra uma depressão há vários anos. O ator referiu à época que tinha procurado ajuda profissional, algo que Anna Westerlund faz questão de frisar neste texto sobre saúde mental.

"O Pedro estava a ser seguido por um psicólogo e um psiquiatra em consultas on-line. Tinha uma vontade enorme de se tratar", realça a ceramista, alertando ainda: "há medicamentos que têm como possível efeito secundário o suicídio. Se o diz, é porque em algumas pessoas causará esse efeito. Isto é um facto não é uma especulação."Anna Westerlund e Pedro Lima estavam juntos há quase duas décadas. Em comum têm quatro filhos, Ema, de 16 anos, Mia, de 13, Maz de 10 e Clara, de quatro. João Francisco, de 21 anos, é fruto do casamento do ator com Patrícia Piloto.

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Anna Westerlund termina o alerta, explicando que "a depressão tem várias formas de existir". "Pode ser mais ou menos 'fulminante', mais ou menos visível aos olhos dos outros, pode ser mais ou menos silenciosa"."É importante falar de certas doenças sem associar estigmas.É importante percebermos que quem tem SIDA não é promíscuo, que quem tem diabetes não são os gulosos e que quem tem uma depressão não está na falência. Perceber que todos sem excepção estamos susceptíveis de um momento para o outro de ultrapassarmos o nosso limite, porque ninguém sabe qual é o seu gatilho. A depressão é a principal causa de incapacidade em todo o mundo", salienta ainda, alertando para a necessidade de diálogo público sobre este tema.

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