Miguel Milhão, fundador da Prozis, decidiu manifestar-se publicamente sobre a sua posição a favor da regressão da lei Roe vs. Wade nos Estados Unidos, que significa o fim do aborto legal no país — vários estados norte-americanos já proibiram a interrupção voluntária da gravidez. "Parece que os bebés que ainda não nasceram têm os seus direitos de volta nos Estados Unidos! A natureza está a curar-se!”, escreveu no perfil de LinkedIn.
Desde esse momento, o fundador e a empresa estão a ser criticados em todas as redes sociais, desde o Twitter ao Instagram. Ainda no mundo digital, várias influenciadoras digitais estão a terminar as parcerias com a empresa devido aos valores defendidos por Miguel Milhão.
A marca ainda não se pronunciou sobre o tema, mas já está a tomar medidas de proteção. Na página de Facebook, que conta com quase 700 mil gostos, os comentários dos utilizadores foram limitados.
A penúltima publicação feita na rede de Mark Zuckerbeg promove um material de desporto, onde existem 22 comentários. Mas apenas é possível ver um e a rede social informa que a “Prozis limitou quem pode comentar nesta publicação”.
Outro exemplo é referente a um vídeo a anunciar os descontos, que foi publicado às 8h desta segunda-feira, 27 de junho, onde não é permitido comentar. Mas, entre as 31 reações, dez pessoas colocaram o emoji de “ira”.
Na rede social vizinha, o Instagram, a história repete-se. Quase nenhuma publicação apresenta comentários e os que surgem apenas são alusivos ao produto promovido e sempre positivos.
Contudo, neste momento, não é possível comentar nenhuma publicação no Instagram da marca — seja no perfil nacional ou internacional. Nas várias publicações, a rede social informa que “os comentários foram desativados"
Até agora, a única rede social da marca que continua livre de qualquer limitação de comentários é o TikTok. Esta é também a rede com menor dimensão da marca, com 3.040 seguidores e pouca interação.