A medida foi anunciada no início de julho, mas só este domingo, 1 de novembro, é que entrou em vigor. A partir de agora, quem andar com o carro sujo passa a correr o risco de o ver chumbado na inspeção periódica e de cariz obrigatório. A portaria publicada no Diário da República, pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes, é clara: "Sempre que as condições de limpeza prejudiquem as observações durante a inspeção, o veículo deve ser reprovado e o inspetor deve descrever na ficha de inspeção a não realização dos ensaios e verificações correspondentes por não existirem condições de limpeza."
Mas esta é só uma de um conjunto de medidas anunciadas para garantir que as inspeções são mais rigorosas e precisas nas avaliações que fazem dos veículos. Uma outra obriga também a que o número de quilómetros dos veículos seja fiscalizado entre duas inspeções. O objetivo? Detetar se, entre inspeções, houve ou não manipulação no conta-quilómetros.
De agora em diante, vai também apertar-se o controlo das chamadas. operações recall, ou seja, aquelas em que as marcas são chamadas às oficinas para corrigir anomalias detetadas pelos fabricantes, sempre que estiverem "envolvidas questões de segurança e aspetos relativos à proteção do ambiente", segundo avança o mesmo despacho.
Além disso, foram definidos novos valores máximos de opacidade e há um novo anexo específico para deficiências relacionadas com veículos híbridos e elétricos, bem como veículos de transporte de crianças e de transporte de deficientes.
Com este novo pacotes de novas normas, procura-se promover "inovações tecnológicas desenvolvidas pela indústria automóvel e a inerente necessidade de atualização dos métodos e procedimentos de inspeção aplicáveis."