Tomando como pretexto as afirmações da ministra da Saúde, Marta Temido, numa entrevista à RTP esta quarta-feira, 22 de dezembro, sobre os festejos de fim de ano, o presidente da Associação Nacional de Discotecas (AND), José Gouveia, reagiu e revela que já foi feito um apelo ao Governo para voltar a permitir as celebrações de fim de ano nas discotecas.
"A decisão pode soar contraditória" é a frase dita pela da ministra da Saúde sobre a decisão do governo relativa ao encerramento de discotecas e bares a partir das 00h de 25 de dezembro (impedindo festas de passagem de ano) e, ao mesmo tempo, permitir a realização de festas em hotéis ou restaurantes e e aquela que indignou José Gouveia. O presidente da AND considera que, dado que é foi reconhecido que é uma medida contraditória, ainda é possível reverter.
"O governo pode e deve dar o passo atrás", diz o presidente da AND em comunicado à comunicação social e avança, por isso, que já fez um apelo ao governo através do secretário de Estado do Comércio, João Torres. "Aquilo que estamos a pedir junto do governo é que esta medida, já por todos considerada contraditória, seja corrigida e nos seja permitido abrir no dia 31 com encerramento imediato no dia 1 até novas medidas implementadas", refere José Gouveia.
O presidente da ADN argumenta ainda que a cedência do governo permitiria oferecer à população uma forma mais segura de festejar o fim de ano.
"Acreditamos que somos parte da solução e por essa via, para evitar o ajuntamento e a criação de focos que podem ser de contágio em festas com 30, 4o, 50 pessoas ou mais por não haver a opção das discotecas e por as [outras] opções serem todas elas com entradas com valores acima da média e que não está ao alcance do bolso de todos, nós possamos criar locais seguros para as pessoas festejarem a entrada no novo ano", justifica.
José Gouveia acrescenta que, se o governo voltar atrás na decisão e permitir a abertura das discotecas na noite de 31, isso será fundamental para a sobrevivência das empresas do setor noturno. "Tendo em conta que o governo nunca conseguiu até à data dar apoios proporcionais às quebras de faturação, a abertura a dia 31 fará toda a diferença para a manutenção das portas abertas destas empresas. Poderá significar o parar ou continuar do seu negócio", termina.