O presidente da câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, fechou um acordo com a Fundação Champalimaud. O objetivo é que todas as mulheres da capital possam submeter-se, de forma completamente gratuita, a exames para o despiste de cancro de mama.

O protocolo está fechado e será assinado em setembro, marcando um importante passo a nível municipal na área da saúde – especialmente tendo em conta que os "serviços públicos de saúde têm vindo a falhar nos últimos anos", diz o autarca, citado pela Renascença.

O autarca destaca a importância desta iniciativa no contexto da construção de um Estado social local. Ao reconhecer as falhas do Estado central, Moedas afirma que não está a tentar criar um "mini governo" na capital, quer apenas colmatar algumas lacunas que subsistem. "Não é substituir o Serviço Nacional de Saúde (SNS)", frisa, de acordo com a mesma publicação.

Adoçante artificial da Coca-Cola Zero é cancerígeno? OMS diz que sim (e está prestes a declará-lo como tal)
Adoçante artificial da Coca-Cola Zero é cancerígeno? OMS diz que sim (e está prestes a declará-lo como tal)
Ver artigo

Por isso, garantindo que todas as mulheres de Lisboa têm acesso a estes rastreios mamários gratuitos, independentemente da idade, Carlos Moedas diz que a parceria com a Fundação Champalimaud vai culminar no fornecimento de aparelhos que permitam a realização desta atividade. Contudo, na eventualidade de um diagnóstico de um cancro, não há nada que vincule os pacientes a esta fundação.

"A Fundação Champalimaud dá-nos essa capacidade técnica em termos de aparelhos, de médicos e de enfermeiros. Obviamente que, entre estes rastreios, quando há a infelicidade de se detetar um problema, essa pessoa fará a escolha", explica Carlos Moedas, acrescentando que uns optarão pelo SNS e outras por outra qualquer opção. "O importante aqui é conseguir detetar muito cedo", conclui.