Autoridades não descartam hipótese de envenenamento no caso que vitimou mãe e filho em Coimbra

Depois de a intoxicação alimentar ter sido descartada, as autoridades investigam várias hipóteses, nomeadamente a de envenenamento. Em causa poderá estar uma substância química, ainda por descobrir.

Com duas semanas de intervalo, mãe e filho morreram na sequência de uma refeição composta por almôndegas, em Coimbra. Depois de se achar que a causa passava por uma intoxicação alimentar grave, entretanto descartada, a Polícia Judiciária (PJ) levantou a hipótese de se ter tratado de um envenenamento, tentando identificar a possível substância química responsável por ambas as mortes.

Os detalhes do caso, mantidos em segredo de justiça, apontam para a análise de amostras de material biológico das vítimas em laboratórios estrangeiros. Esta análise tem como objetivo determinar se a morte foi causada por uma substância química e, a confirmar-se esse cenário, será necessário averiguar se esta foi ingerida durante o jantar de família ou noutro contexto, segundo o "Observador".

No entanto, as notícias dos meios de comunicação portugueses sobre o caso divergem entre si. Enquanto o "Correio da Manhã" noticia que a polícia afastou (pelo menos, por agora) a possibilidade de crime, o "Público" diz que o envenenamento intencional ou acidental é um dos cenários plausíveis, bem como a CNN Portugal, que dá conta da procura das autoridades por um agente químico.

Na Internet, as teorias já começaram a circular, especialmente no Reddit, uma plataforma utilizada para criar espaços de debate entre os utilizadores. No fórum de discussão "O que diz a autópsia do menino de Coimbra que morreu 'vítima de intoxicação'?", o facto de esta história parecer ter um fundo criminoso é também amplamente discutido.

"Eu começo cada vez mais a seguir a pista de envenenamento. Esta história é simplesmente estranha", disse um utilizador. "Aqui há gato. Acredito que tenha sido um envenenamento. Com o quê e porquê, não sabemos. Mas foi", comentou outro. "Dizem as más línguas que a mãe trabalhava com químicos e pode ter sido envenenamento", admite outro, referindo-se a Margarida Faria, que era engenheira química.

A intoxicação alimentar, alegadamente provocada por uma refeição de almôndegas, aconteceu a 7 de dezembro. O menino, que tinha apenas 7 anos, acabaria por morrer a 12 de dezembro, depois de três dias de internamento. A mãe, de 49 anos, morreu esta segunda-feira, 25 de dezembro, depois de ter estado internada em estado crítico no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

O pai e o filho mais velho, de 12 anos, também foram hospitalizados na sequência do mesmo problema, tendo estado sob vigilância médica constante. No entanto, acabaram por ter alta e estão fora de perigo.