Um avião Canadair caiu em terra na manhã deste sábado, 8 de agosto, por volta das 11h20, na região de Lindoso, Ponte da Barca, enquanto combatia o incêndio que deflagra na serra do Gerês. Até agora sabe-se que há dois feridos graves, segundo fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Viana do Castelo, ao "Jornal de Notícias".
Outra fonte da Proteção Civil revelou que os feridos graves são os ocupantes do aparelho e que o avião caiu numa zona montanhosa, de acordo com o jornal "Observador", que cita a agência Lusa. Entretanto, uma fonte da empresa que opera os Canadair, revelou ao "Expresso" que os feridos envolvidos no acidente são um piloto português e um copiloto espanhol e estão em estado "muitíssimo grave".
O avião que se despenhou é um dos três Canadair (dois em serviço com a Proteção Civil e um de reserva) alugados por Portugal e que estavam baseados no aeródromo de Castelo Branco e de acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) o avião despenhou-se após uma manobra de "scooping" (reabastecimento de depósito de água) junto à Barragem do Alto do Lindoso.
As equipas da Unidade de Aviação Civil (GPIAAF) estão a caminho do local do acidente, conforme revelou uma fonte ao "Observador". Meios espanhóis estão também a caminho do local, de acordo com o pronto-socorro espanhol 112Galicia no Twitter.
Ainda nesta rede social, a Associação de Voluntários Digitais em Situações de Emergência (VOST) partilhou um vídeo captado por um bombeiro florestal espanhol, que dá conta de dois incêndios, um em Lobios e outro em Laza, regiões espanholas para as quais se dirigia para combater os fogos, até ter visto um avião em chamas. "O selo parece ser de Portugal", escreve.
Além do vídeo, há ainda imagens do acidente pela rede social, umas das quais confirma que o avião pertence a Portugal.
Mais de 100 operacionais, apoiados por 28 veículos e 10 meios aéreos portugueses e espanhóis combatiam o incêndio que lavra no Parque Nacional da Peneda-Gerês desde as 05h19, numa zona de difícil acesso, de acordo com as informações divulgadas na página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil. O presidente da Câmara de Ponte da Barca, Augusto Marinho, já revelou entretanto que o incêndio está “praticamente extinto” no lado português da fronteira, mas continua ativo no lado espanhol.