Já se passaram mais de dois meses desde que Mónica Silva desapareceu na Murtosa e, apesar de todos os esforços, as autoridades continuam sem encontrar o corpo desta mulher, que estava grávida de sete meses. Agora, enquanto estão a investigar as propriedades e um veículo de Fernando Valente, o principal suspeito do caso, a Polícia Judiciária (PJ) também está a voltar as suas atenções para um supermercado em construção.

Depois de procurarem pelo paradeiro do corpo da grávida num poço, na Ria de Aveiro e em tantos outros locais, a nova suspeita das autoridades recai sobre a possibilidade de o cadáver ter sido escondido nos alicerces de um supermercado que se encontra em construção, avança a "TV7 Dias". A PJ está a tentar perceber em que estágio é que as obras se encontravam na madrugada de 4 de outubro, noite desde a qual Mónica Silva nunca mais foi vista.

Mas esta não é a única linha de investigação que as autoridades estão a seguir, segundo o "Correio da Manhã". Os familiares da desaparecida – pai, mãe e irmã gémea – foram submetidos a testes de ADN para perceber se os vestígios de sangue encontrados numa carrinha e numa casa em Vila Nova de Gaia de Fernando Valente, entretanto detido pelo homicídio, serão da mulher, continua a mesma publicação.

Estão a ser planeadas buscas pela grávida da Murtosa nas redes sociais. Mónica Silva desapareceu há 2 meses
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Nos últimos dias aconteceram buscas para tentar encontrar a desaparecida, com mergulhadores da Xavi-Sub a investigar na Ria de Aveiro, por baixo da Ponte da Varela, com a supervisão da Polícia Marítima, mas não foi encontrado qualquer corpo humano, adianta o "Jornal de Notícias". Além disso, até o irmão de Mónica Silva, que é mergulhador profissional, veio de Angola propositadamente para procurar o corpo da irmã.

Mónica Silva desapareceu a 3 de outubro, na Murtosa, em Aveiro, enquanto se encontrava grávida de sete meses. A mulher terá saído de casa na noite desse mesmo dia, alegando ir ao café e, no regresso, ligou aos filhos (de 11 e 14 anos) a dizer que estava a voltar para casa, algo que nunca chegou a concretizar-se. O seu telemóvel foi desligado no próprio dia, tendo dado sinal 24 horas depois no Alentejo, no concelho de Cuba, onde Fernando Valente tem uma propriedade.

Fernando Valente encontra-se em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Aveiro desde o dia 18 de novembro. Em causa estão vários crimes dos quais será o autor, como homicídio qualificado, aborto agravado e profanação e ocultação do cadáver. De acordo com a família de Mónica Silva, estariam a namorar e seria ele o pai da criança, refere o mesmo jornal.