Após o primeiro dia de mudanças na restauração aos fins de semana, surgiu o primeiro esclarecimento por parte do governo. Todos os estabelecimentos similares da restauração, como é o caso dos cafés ou das pastelarias, não vão estar obrigados a exigir um teste negativo à COVID-19 ou o certificado digital válido para permitir a entrada de clientes nos estabelecimentos que façam parte dos concelhos de risco elevado e muito elevado.
A informação foi conhecida ao final da tarde deste sábado, 10 de julho, através de João Torres, secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor. "Não é necessário a um cidadão, quando se desloca no final do almoço ou do jantar para tomar um café, mostrar um certificado ou teste negativo", explicou em declarações à agência Lusa, citada pelo "Diário de Notícias".
Embora os cafés, pastelarias e similares não precisem de exigir teste ou certificado, podem continuar abertos e a funcionar para lá das 15h30, até às 22h30, garantiu o governante.
Apesar disso, João Torres ressalvou que, "sabendo que, em Portugal, existem muitos estabelecimentos similares que podem servir refeições, as regras poderão aplicar-se". No entanto, mantém-se a isenção de apresentação de certificado digital ou teste negativo para consumo nas esplanadas, pagamento no interior ou uso das casas de banho dos estabelecimentos.
A medida foi anunciada na quinta-feira, 8, após reunião de Conselho de Ministros com o objetivo de permitir ao setor da restauração dos concelhos de risco elevado e muito elevado continuar a funcionar até às 22h30 dos fins de semana. No que toca aos restaurantes dos centros comerciais, o consumo no interior requer teste negativo ou certificado digital válido. "Nos centros comerciais, e com as necessárias adaptações, as medidas serão aplicadas às praças de alimentação", diz o governante.
"A alternativa à não aprovação de medidas desta natureza era, porventura, a aplicação de medidas mais restritivas. Reconheço que de início haverá necessidade de adaptação, mas o governo está sempre próximo dos empresários e pronto a cooperar", conclui.