Ainda não é este ano que se livra de ter de ajustar os relógios de casa. Quando o ponteiro marcar 1h da madrugada de domingo, 28 de março, deve passar para as 2h da manhã, dando assim início ao horário de verão (UTC+1). Já no arquipélago dos Açores, a mudança ocorre mais cedo: quando for meia-noite de domingo, passa para a 1h da manhã.
Este é o horário que irá permanecer nos relógios até 31 de outubro, dia em que voltará o horário de inverno — uma mudança mais apetecível, uma vez que significa que pode ficar mais uma hora no quente da cama quando já se sentem as noites frias.
De acordo com a Associação Portuguesa do Sono (APS), as mudanças horárias não são positivas e a organização defende que o horário de inverno, que tem estado em vigor até este domingo, 28, é aquele que deve permanecer todo o ano. A APS refere que este “horário padrão” é o que tem "efeitos benéficos para a saúde física e psicológica” e o facto de permitir “maior alinhamento com o ciclo natural luz-escuro” faz com que o sono seja regulado mais facilmente e isso tenha consequências positivas no "desemprenho profissional e escolar”, escreve o jornal "Público".
A mudança de hora acontece em Portugal desde 1916, embora apenas se tenha tornado definitiva com a implementação de uma medida seguida por todos os estados-membros da União Europeia. A entrada da diretiva 200/84/EC em 2001 dita então que, na UE, os relógios devem ser ajustados duas vezes por ano.
Em 2018, houve uma proposta da Comissão Europeia para acabar com a mudança horária, que teve parecer positivo do Parlamento Europeu, mas não chegou a avançar por não haver uma posição oficial da Conselho da União Europeia.
Para a Associação Portuguesa do Sono, não há dúvidas de que “manter a hora de inverno durante o ano todo é o que tem impactos negativos menores", escreveu esta sexta-feira, 26 de março, a mesma publicação. A acontecer, significa que no verão o sol nasceria por volta das 5h e no inverno anoiteceria por volta das 17h.