Há mais 16 mortes e 3.794 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. São estes os dados divulgados esta sexta-feira, 23 de julho, pela Direção-Geral da Saúde (DGS), no novo boletim epidemiológico referente à evolução da crise sanitária no País.
Um estudo publicado esta quarta-feira, 21 de julho, no New England Journal of Medicine comprovou que as duas doses da vacina contra a COVID-19 da Pfizer e da AstraZeneca são quase tão eficazes contra a variante Delta do novo coronavírus quanto contra a variante Alfa (anteriormente dominante), avança o "Público".
De acordo com o estudo, as duas doses da Pfizer foram 88% eficazes na prevenção de doenças sintomáticas da variante Delta, em comparação com 93,7% contra a variante Alfa. Quanto à vacina da AstraZeneca, as duas doses mostraram-se 67% eficazes contra a variante Delta, e 74,5% eficazes contra a variante Alfa, escreve o mesmo jornal.
A marcar a atualidade nacional está também a conclusão de uma equipa de investigadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) que estima que desde o início de maio a vacinação contra a COVID-19 terá permitido evitar cerca de 700 mortes.
A chegada a estes valores foi possível tendo em conta a análise do rácio entre o número de casos e o número de mortes no período compreendido entre setembro de 2020 e janeiro de 2021 — antes do arranque da vacinação — e a estimativa de qual seria o número de mortes nesta fase em que já estão a ser administradas vacinas, explicaram os investigadores ao jornal "Público".
Segundo Milton Severo, epidemiologista e investigador do ISPUP, é com base nesta análise e estimativas que se conclui que, nesta fase, já se veem "claramente os efeitos da vacinação". "Se os mais idosos não estivessem vacinados, teriam uma incidência muito superior à que têm atualmente e o número de mortes seria muito superior", diz ao mesmo jornal.
Sabe-se agora também que em agosto Portugal vai receber apenas 200 mil das 600 mil vacinas da Janssen. A notícia foi anunciada esta sexta-feira, 23, pelo coordenador do grupo de trabalho responsável pela vacinação contra a COVID-19.
Henrique Gouveia e Melo adiantou que o Ministério da Saúde "tem estado a compensar estas quebras com aquisições através de parceiros que não estejam a usar algumas destas vacinas ou a antecipar vacinas do 4.º trimestre para este terceiro trimestre", cita a "SIC Notícias". Apesar do sucedido, o responsável disse esperar ter 70% da população vacinada com uma dose entre 8 e 15 de agosto e com a vacinação completa entre 5 e 12 de setembro, escreve o mesmo jornal