Há mais 203 mortes e 2583 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. Há ainda 15 mil recuperados da doença. São estes os dados divulgados esta terça-feira, 9 de fevereiro, pela Direção-Geral da Saúde (DGS), no novo boletim epidemiológico.

Os novos dados surgem no dia em que o Presidente da Repúblico e o primeiro-ministro voltam a ouvir os epidemiologistas. No Infarmed, em Lisboa, reúnem-se a maioria dos epidemiologistas e a ministra da Saúde, Marta Temido. Os restantes participantes, Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa e Ferro Rodrigues, os membros do Conselho de Estado e parceiros sociais acompanham a reunião por videoconferência.

Também esta terça-feira foi anunciado que as fronteiras entre Portugal e Espanha vão continuar fechadas, pelo menos até 1 de março. Durante este período apenas podem circular entre os dois países residentes em território espanhol, os trabalhadores transfronteiriços e outros casos excecionais.

Quanto à vacinação em Portugal, o País tem já muitos espaços alternativos aos centros de saúde para vacinar idosos a partir do 80 anos e doentes de risco com 50 ou mais anos. Contudo, a distribuição das vacinas contra a Covid-19 ainda se encontra a ser feita lentamente.

Segundo o jornal "Público", em Lisboa há sete espaços alternativos aos centros de saúde preparados para administrar vacinas aos cerca de 70 mil cidadãos da cidade que se incluem nestes dois novos grupos prioritários, sendo um dos espaços o Pavilhão Altice Arena. “Estamos à espera das vacinas desde quarta-feira, já temos as equipas contratadas e no terreno”, adiantou uma fonte da autarquia da capital ao mesmo jornal.

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Também no Porto, a câmara municipal já disponibilizou uma escola e uma tenda para recobro. Mas Rui Moreira, edil portuense, defende que, quando houver doses em número suficiente para arrancar com a vacinação em massa, será necessário um modelo de inoculação diferente, eventualmente em "drive-thru" ou "drive-in".  Estes são métodos já usados "em Israel e na cidade de Nova Iorque" nos quais as pessoas entram de carro nas estruturas e nem precisam de sair do carro para serem vacinadas.

“As cidades vão ter que se organizar. Neste momento não há vacinas [em número suficiente], mas estamos atentos e vamos apresentar um modelo que permita que, quando recebermos uma grande quantidade de doses, seja possível vacinar com muita rapidez.  Não é necessário inventar nada, basta copiar as melhores práticas”, afirmou ainda Rui Moreira ao "Público".