Há mais 240 mortes e 9083 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. São estes os dados divulgados esta quarta-feira, 3 de fevereiro, pela Direção-Geral da Saúde (DGS), no novo boletim epidemiológico.
Esta terça-feira, 2, a Universidade de Nottingham, no Reino Unido, anunciou que foi descoberta por uma equipa internacional de investigadores uma nova propriedade antiviral de um medicamento, a tapsigargina, que é "altamente eficaz" contra o novo coronavírus. O estudo que levou à descoberta, publicado no boletim científico Viruses, mostra ainda que a tapsigargina é eficaz contra o vírus da gripe comum, o vírus sincicial respiratório (VSR) e o vírus influenza A. Além disso, não é sensível à resistência do vírus, sendo, "pelo menos, centenas de vezes mais eficaz do que as atuais opções antivirais".
Segundo os investigadores, esta descoberta poderá ter enormes implicações na forma como vão ser geridas as futuras epidemias e pandemias, incluindo a de Covid-19. "Uma vez que as infeções respiratórias agudas causadas por vírus diferentes são clinicamente indistinguíveis na apresentação, um amplo espetro de eficácia (dos medicamentos), que possa atingir diferentes tipos de vírus ao mesmo tempo, pode melhorar significativamente a gestão clínica", referem os investigadores, num comunicado da Universidade de Nottingham, citado pelo "Diário de Notícias".
Desde o início da pandemia da Covid-19 em Portugal, o Banco Alimentar do Porto registou um aumento de 600% dos pedidos de ajuda, revelou esta quarta-feira a responsável do serviço social. Neste momento, a instituição apoia 60 mil pessoas no distrito do Porto, sendo que muito dos pedidos que chegam são de “pessoas que perderam o emprego e que nunca se imaginaram a passar por esta situação”.
"Os pedidos de ajuda têm aumentado e o perfil das pessoas que pedem ajuda também mudou radicalmente”, afirmou Inês Pinto Cardoso, em declarações à Lusa, citada pelo "Observador", revelando que muito dos pedidos são agora de “pessoas que perderam o emprego e que nunca se imaginaram a passar por esta situação”.
"A maioria das pessoas que pede neste momento ajuda alimentar nunca a recebeu e nunca se imaginou nesta situação”, referiu ainda. De acordo com a responsável, em 2019, o Banco Alimentar do Porto recebeu diretamente 71 pedidos de ajuda e em 2020 os pedidos ultrapassaram as “mais de 500 pessoas”.
Segundo Inês Pinto, as faixas etárias dos pedidos também se alteraram. "Neste momento, estamos a receber mais pedidos de ajuda de pessoas nas faixas etárias entre os 20 e 45/50 anos", esclareceu, acrescentando que "já há pessoas em situação limite, que não têm alimentação em casa".