São vários os especialistas e laboratórios de todo o mundo a trabalhar em contra-relógio para encontrarem uma vacina eficaz no combate ao novo coronavírus. A 1 de abril, os casos de infeção em todo o mundo ultrapassaram a marca dos 860 mil e estão já contabilizadas 42.354 mortes. Apesar dos esforços nacionais e internacionais no desenvolvimento de tratamentos e vacinas para combater o surto, o Infarmed, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, confirmou esta terça-feira, 31 de março, que ainda não há novidades neste sentido.

Segundo um comunicado enviado às redações, o Infarmed revelou estar a acompanhar todos os esforços no desenvolvimento de novos métodos de combate ao vírus, mas explica que "à presente data e mediante os dados preliminares, nenhum medicamente se demonstrou eficaz no tratamento da COVID-19."

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O comunicado reforça ainda que o Infarmed está em constante articulação com a Agência Europeia do Medicamento (EMA) que, também esta terça-feira, revelou à imprensa ter colocado o combate à pandemia no "topo das prioridades" do organismo europeu para os próximos tempos.

Embora já estejam a decorrer ensaios clínicos em relação a possíveis terapêuticas, o Infarmed adiantou também que já há duas vacinas em ensaios de fase I. No entanto, reforça que se trata de um processo complexo e que, por sua vez, complica uma aprovação rápida e imediata.

“Com base na experiência do desenvolvimento de outras vacinas, considera-se que todo o processo demorará pelo menos um ano até que uma vacina para a COVID-19 possa estar preparada para a aprovação e disponível em quantidades suficientes para garantir uma utilização em larga escala”, referiu o Infarmed em comunicado, citado pelo jornal "Público".