Há mais 69 mortes e 6653 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. Um novo recorde no número diário de casos de contágio. São estes os dados divulgados esta sexta-feira, 13 de novembro, pela Direção-Geral da Saúde, no novo boletim epidemiológico. Há ainda 2799 pessoas internadas (mais cinco do que na véspera), das quais 388 (mais cinco) nas unidades de cuidados intensivos.
Os dados são atualizados um dia depois de o primeiro-ministro, António Costa, ter falado ao país e aos vários órgãos de comunicação social depois da reunião do Conselho de Ministros que se prolongou por mais de oito horas.
Depois de o grupo Jerónimo Martins ter anunciado a abertura dos supermercados Pingo Doce às 6h30 nos fins de semana em que as restrições à circulação se vão começar a sentir a partir das 13 horas, António Costa viu-se forçado a "eliminar qualquer tipo de equívoco em relação às novas regras.
Por considerar que houve falta de "bom senso" no que respeita, especificamente, à polémica em torno da Jerónimo Martins, anunciou esta quinta-feira, 12 de novembro, no final de uma reunião de Conselho de Ministros, a proibição de qualquer estabelecimento abrir antes das 8 horas, à exceção daqueles que já praticavam estes horários (padarias, bombas de gasolina). “Espero que não haja espaço para qualquer tipo de equívoco”, disse, depois de admitir uma falha clara de comunicação do governo no que toca ao anúncio das novas medidas.
Antes das declarações de Costa, no entanto, já o grupo Jerónimo Martins tinha recuado na sua decisão de abrir os supermercados às 6h30 depois de várias críticas de dirigentes partidários, como Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, mas também de Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, que anunciou a proibição dessa medida no seu concelho por querer "regras comuns para todos".