Portugal teve, até à manhã desta quarta-feira, 27 de agosto, sete distritos sob aviso amarelo devido à agitação marítima. Este fenómeno, que já se viu que causou bastante destruição em algumas zonas do País, é esperado acontecer durante os próximos dias, com ondas que podem ultrapassar os quatro metros e com ondulações fortes que podem mesmo encerrar praias.

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Este fenómeno tem acontecido desde terça-feira, 26, e espera-se que esta quarta-feira seja o segundo dia de maior agitação, com o pico da ocorrência a terminar ainda durante este dia. No entanto, segundo o IPMA, prevê-se que a ondulação se mantenha forte nos mares portugueses pelo menos até dia 30 de agosto, pelo que se estava à espera do fim de semana para ir à praia, o melhor é repensar a sua ideia para não existir nenhum desastre. 

A origem desta agitação marítima está numa combinação de dois fatores, como explicou a meteorologista do IPMA Maria João Frada ao "Expresso". Primeiro, tem que ver com o antigo furacão Erin, que passou a ser classificado como uma "depressão extratropical", que está a movimentar-se para norte e por isso é que causou estragos em Portugal. Além disso, também o anticiclone dos Açores influenciou a agitação marítima, uma vez que exerce influência no litoral ocidental do País, e a combinação dos dois deu início a ventos muito fortes e a grandes ondas.

Até ao momento, foram registados avisos amarelos nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria e Lisboa. Na Póvoa de Varzim, segundo a SIC Notícias, foram logo registados estragos na terça-feira, 26, de manhã, com um bar de praia a ficar completamente destruído. Já em Lisboa, mais precisamente na Costa da Caparica, na Margem Sul, a agitação marítima fez-se sentir até às rochas, comendo toda a areia da praia, chapéus de sol e espreguiçadeiras. Em Faro, apesar de já não ter qualquer aviso amarelo, o fenómeno ainda destruiu alguns passadiços.