72 horas depois das agressões brutais que resultaram na morte de Fábio Guerra, a Polícia Judiciária deteve três suspeitos do crime. Tratam-se de dois fuzileiros e um civil, com idades compreendidas entre os 21 e os 24 anos. A detenção aconteceu esta segunda-feira, 21 de março, e os suspeitos continuam sob custódia das autoridades, na PJ, em Lisboa.

De acordo com o "Correio da Manhã" e o "Expresso", estas detenções aconteceram porque a versão apresentada pelos fuzileiros era contrária àquela apresentada pelas imagens na posse das autoridades. O diário do grupo Cofina avança também que haverá mais envolvidos na rixa, que aconteceu no passaso sábado, na discoteca Mome, em Lisboa, embora tenham tido "graus de participação menores nas agressões". Os suspeitos são presentes esta terça-feira, 22 de março, a tribunal, para conhecerem as medidas de coação.

Poderão estar em causa os crimes de homicídio qualificado e ofensa à integridade física qualificada, este último referente aos quatro homens que, juntamente com Fábio, tentaram travar a rixa que aconteceu na madrugada de sábado, 19 de março.

Quem são os suspeitos da morte de Fábio Guerra?

De acordo com o "Correio da Manhã", que divulgou as identidades de dois dos três suspeitos, os militares detidos são Vadym Hrynko, de 22 anos e Cláudio Coimbra, de 21. Conheceriam Fábio Guerra porque frequentavam o mesmo ginásio, na zona de Sesimbra. A identidade do terceiro suspeito, um civil, não foi revelada. Os fuzileiros estavam já retidos na base do Alfeite, onde foram detidos pela PJ esta segunda-feira. Além de fuzileiros, os dois homens estão ligados à prática de desportos de combate (Cláudio é campeão de boxe e Vadym é pugilista).

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O "Expresso" avança que os fuzileiros garantiram à Marinha ter agido em legítima defesa contra um grupo que os esperava à porta da discoteca, grupo do qual fariam parte cinco agentes da PSP, entre os quais Fábio Guerra. No entanto, fonte ligada à investigação garante que os agentes foram confundidos com um grupo rival dos fuzileiros. Fábio e os restantes colegas, que estavam vestidos à civil e de folga, terão tentado intervir mas acabaram por ver-se envolvidos na rixa, mesmo depois de se identificarem como agentes da PSP.

Natural da Covilhã, Fábio Guerra morreu esta segunda-feira. Não resistiu às graves lesões cerebrais provocadas por repetidos pontapés na cabeça. Em maio, faria 27 anos. Era agente na esquadra da PSP de Alfragide. As cerimónias fúnebres acontecem esta terça-feira, em Lisboa e na Covilhã.