O ano letivo que se aproxima, com arranque marcado entre 13 e 16 de setembro, não vai contar com medidas de combate à COVID-19. Depois de dois anos com confinamentos, desconfinamentos e atualizações constantes de planos de contingência, as escolas vão abrir as portas sem qualquer medida de segurança, como o uso obrigatório de máscaras, horários desfasados ou percursos de circulação de professores, alunos e auxiliares.
A informação foi enviada pelo Ministério da Educação ao "Público", que esclarece que, tendo em conta a fase da pandemia em que o País se encontra, "compete a cada um o cumprimento de medidas não farmacológicas de prevenção de infeção" e que "não existem medidas específicas para as escolas".
Embora não haja medidas previstas para entrar em vigor, a resposta da tutela frisa que o Governo vai estar "em permanente articulação" com a Direção-Geral de Saúde (DGS), caso seja necessário "aplicar quaisquer outras medidas que venham a ser determinadas, fruto da evolução da pandemia". Apesar destas indicações, as escolas ainda não foram informadas oficialmente pelo Governo em relação ao assunto.
Por isso, o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (Andaep), Filinto Lima, pede, em declarações ao "Público", que "uma comunicação do ME ou da DGS, da entidade competente, a atualizar sobre as medidas para a organização escolar" seja enviada.
Ainda assim, o dirigente espera que este ano letivo seja, oficialmente, “o regresso à normalidade das escolas antes da pandemia”, acrescentando que "um ano letivo sem quaisquer medidas nas escolas" é aquilo por que tem aguardado.