O plano de desconfinamento foi apresentado ao País pelo primeiro-ministro, António Costa, na passada quinta-feira, 11 de março. Nesse dia ficou explicito que, apesar de o plano ter sido analisado com base nos indicadores a nível de Portugal continental, para travar ou voltar atrás nas medidas o que conta são os indicadores regionais. O que quer dizer que, caso o índice de transmissibilidade esteja mais elevado em determinado concelho, esse mesmo poderá não seguir o plano de desconfinamento nacional, previsto para o resto do País.

Deste modo, o que se pretende é que mesmo que o Rt esteja um pouco acima de 1 ou a incidência ultrapasse muito os 120 casos por 100 mil habitantes, em determinado sítio e em determinado momento, seja possível, pelo menos, não sair da etapa em que entramos já esta segunda-feira, 15 de março — que prevê a abertura de escolas até ao 1.º ciclo, cabeleireiros, livrarias e comércio ao postigo a funcionar.

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Na passada quinta-feira, o primeiro-ministro deixou explicito que a reabertura, será a "conta-gotas" e com "toda a cautela". "Devemos começar a abrir com segurança, mas tem de ser uma abertura prudente, gradual, cautelosa", disse, uma vez que o objetivo é  não "estragar o que conseguimos alcançar, para retomar com segurança a normalidade possível". António Costa resumiu ainda o plano a quatro de cores: verde, amarelo, laranja e vermelho.

Ao jornal "Público", fonte do Governo explicou que este “não é um plano a preto e branco, para fechar ou abrir”, sendo as cores vistas como "espécie de farol" que mostra uma tendência e que guia o País no sentido do desconfinamento, e do confinamento, caso seja necessário retroceder nas medidas. "A lógica para o desconfinamento é nacional enquanto a lógica para o confinamento é regional", explicou ainda a mesma fonte referindo que "à partida, não se trata de agravar as medidas, trata-se sempre de não as desagravar”.

Deste modo, em zonas onde haja casos mais graves, as escolas podem voltar a encerrar ou inclusive não chegar a abrir. "Se o Rt subir acima de 1 e houver zonas de maior risco, com incidências muito altas, o desconfinamento pode não avançar nessas zonas e nas limítrofes", realça fonte do executivo ao mesmo jornal.