Este domingo, 29 de outubro, vai poder dormir mais uma hora. Isto porque, na madrugada desse dia, em Portugal continental e na Região Autónoma da Madeira, os relógios vão atrasar 60 minutos quando os ponteiros chegarem às 2 horas da manhã, o que significa que volta a ser 1 hora da manhã. Na Região Autónoma dos Açores verifica-se o mesmo atraso, mas a mudança acontece uma hora antes.
Mas se é daquelas pessoas que gosta de dias longos, já sabe o que esta mudança significa: ao poder ficar na cama durante mais tempo, perde-se uma hora de luz ao fim do dia. Ou seja, a partir da semana seguinte, o sol vai começar a pôr-se mais cedo e os dias ficarão mais curtos.
O atual regime de mudança de hora é regulado por uma diretiva comunitária de 2000. Esta diretriz prevê que todos os anos os relógios sejam, respetivamente, adiantados e atrasados uma hora no último domingo de março e no último domingo de outubro, marcando o início e o fim da hora de verão.
Este procedimento remonta há mais de 100 anos, segundo um estudo conduzido pela Assembleia da União Europeia em outubro de 2017, que diz que a ideia inicial partiu de um britânico chamado William Willett. Este construtor, em 1905, escreveu um panfleto chamado "Desperdício de luz solar", de acordo com o "Diário de Notícias", no qual defendia que se pouparia combustível ao aproveitar-se melhor a luz do dia.
No entanto, desde há uns anos que a mudança de hora tem estado em debate. Em março de 2019, o Parlamento Europeu aprovou, sob proposta da Comissão Europeia, o fim da mudança de hora nos Estados-membros da União Europeia, que não chegou a ir para a frente. Portugal defende o atual regime, com uma hora de verão e com uma hora de inverno.