Fábio Coentrão foi apanhado, na passada quarta-feira, 15 de janeiro, com uma tonelada de marisco vivo ilegal num armazém na Póvoa de Varzim. De acordo com o “Jornal de Notícias”, o ex-jogador do Benfica e do Real Madrid abriu um negócio sem licença há sete meses, tendo sido agora notificado pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica para fechar portas. No entanto, Fábio Coentrão já tinha duas outras empresas viradas para a pesca, que tinham recebido ajuda financeira pública de mais de 340 mil euros.
Ao que tudo indica, segundo o “Correio da Manhã”, o atleta abriu em 2017 a Coentrão & Santos e a Silva Coentrão, Unipessoal, e recebeu uma ajuda do Estado e da Comissão Europeia entre esse ano e 2023, no valor de cerca de 344 mil euros. Esta ajuda financeira foi dada por as empresas constarem na lista de beneficiários do Programa Mar 2020, um programa que visa promover a competitividade do setor das pescas, com base na inovação, no conhecimento e na sustentabilidade.
Com isto, foram entregues cerca de 206 mil euros de fundos europeus e quase 138 mil euros do Estado português, sendo que, no total, a Coentrão & Santos recebeu 188 mil euros e a Silva Coentrão, Unipessoal recebeu apoios de cerca de 156 mil euros. Estes fundos também se destinavam a “compensar Coentrão pela cessação temporária das atividades da pesca” e a “compensar o seu acréscimo de custos com o desenvolvimento de novos mercados”, segundo o jornal. Por ter sido agora apanhado com uma grande quantidade de marisco ilegal, o ex-jogador corre sérios riscos de pagar uma multa elevada.
Na quarta-feira, 15 de janeiro, a Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) encontrou 12 tanques com água do mar, dos quais apreendeu 1020 quilos de marisco, entre eles, lavagante, camarão e santola. Dos 1020 quilos, 760 não tinham documentação legal para captura e o estabelecimento não tinha licenças de funcionamento, comercialização e venda ao público, revelou o “Correio da Manhã”, tendo sido assim montado um negócio ilegal por Fábio Coentrão, que foi apanhado dentro do armazém.